UniLicungo com défice de MZN 26 milhões para reconstrução pós-ciclone Freddy

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A Universidade Licungo, na cidade de Quelimane, na Zambézia, ainda se ressente dos efeitos causados pelo Ciclone Freddy em Março do ano passado. A Faculdade de Educação e o sector administrativo foram os mais afectados. São necessários cerca de 26 milhões de Meticais para reconstrução.

No terreno, os rastos de destruição deixados pelo “Freddy”, no ano passado, ainda são visíveis.

Luck Injage, porta-voz da Universidade Licungo, fez saber que a vida laboral e estudantil decorre de forma condicionada. “Por conta disso, todos os dois blocos de campus de Coalane foram afectados, onde funcionam a Faculdade de Educação e o sector administrativo. Na altura, quando fizemos o levantamento, ficámos com todo o primeiro semestre condicionado e, por conta disso, fomos trabalhando a meio gás”, disse Luck Injage, apontando grandes prejuízos nos sectores de laboratório de informática e biblioteca.

Na Zambézia, à semelhança do que aconteceu com outras infra-estruturas públicas, as da Universidade Licungo foram mapeadas, com o objectivo de se fazer intervenção por parte do Governo da província, na base do Fundo de Reabilitação de Emergência pós-ciclone Freddy, mas, até aqui, nem água vai e nem água vem. Aliás, a universidade não recebeu nenhuma comunicação referente aos custos por parte do executivo provincial.

“Está a existir uma demora deste desembolso. Nós, como instituição, fomos encontrando alternativas locais, através de receitas próprias, para intervenções pontuais nas salas de aula e gabinetes da área da Faculdade de Educação. Enquanto isso, a biblioteca, laboratório, o auditório e todo o sector administrativo carecem de intervenção.”

Do levantamento feito para intervenção nas infra-estruturas danificadas na Universidade Licungo, os custos rondavam os 26 milhões de Meticais.

E porque o Governo provincial não está a canalizar os fundos para repor as infraestruturas danificadas, a universidade está a utilizar os parcos recursos de receitas próprias provenientes de pagamentos propinas, para fazer algumas intervenções. Neste sentido, a reabilitação centra-se nas salas de aula, para permitir o decurso das aulas enquanto se aguardam melhores dias para a conclusão do laboratório, biblioteca e blocos administrativos.

A Universidade Licungo funciona com receitas próprias e está há sensivelmente cinco sem receber investimento. Isto torna difícil a execução de projectos, sobretudo de construção.

Fonte:O País

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