A Cidade de Maputo registou mais de 1400 casos de violência doméstica de Janeiro a Setembro deste ano, contra 345 em igual período do ano passado. A PRM lançou, esta segunda-feira, uma campanha de neutralização de todos os foragidos indiciados nos casos.
Os casos de violência doméstica têm sido recorrentes nos distritos municipais de KaMpfumu, KaMavota e Nhamankulu, na Cidade de Maputo, e as principais vítimas são mulheres e crianças.
O Departamento de Atendimento à Família e Menores Vítimas de Violência está a registar com preocupação o aumento de denúncias destes casos. “Os dados de Janeiro até ao mês de Setembro apontam que o Departamento de Atendimento à Família e Menores Vítimas de Violência registou 1408 casos, contra 345 em igual período do ano passado”, disse Ana Maria Langa, chefe do Departamento de Atendimento à Família e Menores Vítimas de Violência, no comando da PRM, na Cidade de Maputo.
E porque nem todos os casos de violência doméstica chegaram às autoridades e outros ainda não foram esclarecidos, a PRM pretende, durante três dias, intensificar acções de busca e captura de todos os foragidos que estão envolvidos nos casos.
“Esta operação visa recolher os foragidos que cometeram crimes contra a mulher e a rapariga, que são os que mais sofrem a violência doméstica e a violência baseada no género”.
Ana Maria Langa lembra que os casos de violência contra homens devem também ser denunciados.
“O homem está livre de se aproximar à secção de atendimento para denunciar os casos. Antes, havia uma pequena confusão. O nome era Departamento de Atendimento à Mulher e Criança Vítimas de Violência, mas passou a denominar-se Departamento de Atendimento à Família e Menor, por isso, todos estão livres de se aproximar”.
O lançamento da operação Basadi enquadra-se na campanha de 16 dias de activismo sobre Violência praticada contra mulheres e raparigas, que culmina com a celebração do Dia Internacional dos Direitos Humanos, a 10 de Dezembro.
Fonte:O País