Cerca de 16 milhões de cajueiros serão pulverizados contra pragas e doenças, até 2019, segundo deu a conhecer, esta semana, em Mueda, na província de Cabo Delgado, Ilídio Bande, director nacional do Instituto Nacional do Caju (INCAJU).
Intervindo numa reunião nacional do caju, evento que juntou quadros do subsector, representantes de associações de produtores e processadores, Ilídio Bande explicou que com o tratamento químico pretende-se recolocar o país na lista dos maiores produtores mundiais desta cultura de rendimento
De acordo com Bande, nos últimos anos o Governo tem vindo a implementar políticas e estratégias que visam melhorar os níveis de produção e comercialização da castanha. Com efeito, na campanha de 2016/2017, foram comercializadas cerca de 140 mil toneladas, quantidade que elevou a renda das famílias e as receitas do Estado.
Estima-se que as famílias tenham encaixado 98 milhões de dólares norte-americanos, enquanto que as empresas exportadoras obtiveram 106 milhões de dólares, resultantes da venda de 68 mil toneladas de castanha em bruto. A indústria nacional conseguiu 65 milhões de dólares, decorrentes da exportação da amêndoa.
O director do INCAJU disse, ainda, que o Estado encaixou para seus cofres, cerca de 18 milhões de dólares, resultantes da sobretaxa da exportação da castanha em bruto.
Segundo o dirigente, a estes ganhos foi acrescida outros resultantes do processamento do sumo do caju, aguardente e outros.
Neste momento o subsector do caju garante cerca de 13 mil postos de emprego em 12 unidades de processamento de amêndoa de caju. Prevê-se que outras seis entrem em actividades ao nos próximos meses.
“Não obstante aos resultados encorajadores, temos certeza de que o país é capaz de muito mais, daí que, é nossa expectativa que até ao fim do presente quinquénio, os níveis de comercialização da castanha de caju atinjam as 180 mil toneladas/ano e os de processamento nacional 100 mil toneladas”, afirmou Bande.
Para que tal aconteça, Bande disse ser necessário aumentar o investimento no maneio integrado do cajueiro, limpezas das áreas de produção, prevenção e combate a queimadas descontroladas e investigação e expansão de novas plantações para zonas semi-áridas.
Entre as zonas consideradas semi-áridas, o director do INCAJU mencionou as províncias de Manica, Sofala, Inhambane, Gaza e sul do Niassa~.
Ainda na vila autárquica de Mueda, o director nacional do INCAJU lançou na passada segunda-feira, o Inquérito Especial do Caju, que visa recolha informações relevantes para planificação estratégica e o processo decisório.
Fonte:http://www.jornalnoticias.co.mz/index.php/economia/69413-metas-ambiciosas-para-sector-do-caju.html