Intervindo numa reunião nacional do caju, evento que juntou quadros do subsector, representantes de associações de produtores e processadores, Ilídio Bande explicou que com o tratamento químico pretende-se recolocar o país na lista dos maiores produtores mundiais desta cultura de rendimento
De acordo com Bande, nos últimos anos o Governo tem vindo a implementar políticas e estratégias que visam melhorar os níveis de produção e comercialização da castanha. Com efeito, na campanha de 2016/2017, foram comercializadas cerca de 140 mil toneladas, quantidade que elevou a renda das famílias e as receitas do Estado.
Estima-se que as famílias tenham encaixado 98 milhões de dólares norte-americanos, enquanto que as empresas exportadoras obtiveram 106 milhões de dólares, resultantes da venda de 68 mil toneladas de castanha em bruto. A indústria nacional conseguiu 65 milhões de dólares, decorrentes da exportação da amêndoa.
O director do INCAJU disse, ainda, que o Estado encaixou para seus cofres, cerca de 18 milhões de dólares, resultantes da sobretaxa da exportação da castanha em bruto.
Segundo o dirigente, a estes ganhos foi acrescida outros resultantes do processamento do sumo do caju, aguardente e outros.
Neste momento o subsector do caju garante cerca de 13 mil postos de emprego em 12 unidades de processamento de amêndoa de caju. Prevê-se que outras seis entrem em actividades ao nos próximos meses.
“Não obstante aos resultados encorajadores, temos certeza de que o país é capaz de muito mais, daí que, é nossa expectativa que até ao fim do presente quinquénio, os níveis de comercialização da castanha de caju atinjam as 180 mil toneladas/ano e os de processamento nacional 100 mil toneladas”, afirmou Bande.
Para que tal aconteça, Bande disse ser necessário aumentar o investimento no maneio integrado do cajueiro, limpezas das áreas de produção, prevenção e combate a queimadas descontroladas e investigação e expansão de novas plantações para zonas semi-áridas.
Entre as zonas consideradas semi-áridas, o director do INCAJU mencionou as províncias de Manica, Sofala, Inhambane, Gaza e sul do Niassa~.
Ainda na vila autárquica de Mueda, o director nacional do INCAJU lançou na passada segunda-feira, o Inquérito Especial do Caju, que visa recolha informações relevantes para planificação estratégica e o processo decisório.
Fonte:http://www.jornalnoticias.co.mz/index.php/economia/69413-metas-ambiciosas-para-sector-do-caju.html