A dois anos do início da Copa do Mundo, México se inclina às proezas de Pelé e Maradona

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Campeão em 1970, quando o Brasil goleou a Itália na final por 4 a 1, Pelé conquistou no Azteca, seu terceiro título mundial e confirmou sua condição de artista do jogo, que compartilhou 16 anos depois com Maradona, herói da Argentina, vencedor da Alemanha por 3 a 2, na final.

“Queremos igualar a festa de 86. Os que viveram aquilo lembrarão, foram dos melhores dias da minha vida”, assegurou na semana passada Félix Aguirre, CEO do Azteca, que dentro de 24 meses se tornará o primeiro estádio a sediar três inaugurações de Copas do Mundo.

A Copa do Mundo de 2026 terá algo de multitudinário, com 48 seleções que jogarão 104 partidas, 13 delas no México, incluindo a primeira, com o time local como um dos protagonistas do grupo A, cujos outros três participantes serão decididos no sorteio no final de 2025.

A capital, Monterrey e Guadalajara serão as sedes no México, que compartilhará sua condição de anfitrião da Copa do Mundo com os Estados Unidos, que organizará 78 partidas em 11 cidades, além do Canadá, com 13 jogos em Vancouver e Toronto.

Para a Abertura da Copa do Mundo, o Azteca terá a aparência de uma velha árvore florescida, mais de 56 anos depois de os mexicanos empatarem sem gols com a União Soviética, em 31 de maio de 1970, no primeiro duelo mundialista no campo ao sul da cidade.

A 24 meses da Copa do Mundo, o recinto situado a 2.240 metros de altitude sobre o nível do mar, recém começou uma etapa de rejuvenescimento que incluirá a instalação de um gramado de última geração, o aumento da capacidade para 90.000 torcedores, mudanças estruturais, internet rápida e facilidades para os fãs.

“Formamos uma boa equipe e queremos coroá-la da melhor maneira com a terceira inauguração de Copa do Mundo no Estádio, algo que dificilmente se verá novamente no mundo”, disse Aguirre.

Com fama de serem pessoas acolhedoras com os visitantes, os mexicanos que, em 1968 receberam os primeiros Jogos Olímpicos na América Latina, celebram a preparação de sua parte da Copa do Mundo com uma unidade que não está presente na política local. A capital, Monterrey e Guadalajara se deram as mãos como se o México fosse a sede dos 104 jogos da Copa do Mundo.

“Há alguns anos, alguns duvidaram se valia a pena tanto esforço por tão poucos jogos. Hoje, a poucos meses do evento, eu perguntaria quem não estaria disposto a ir a um desses 13 jogos”, afirmou Iñigo Riestra, Secretário Geral da Federação Mexicana de Futebol, um dos envolvidos na defesa da candidatura para obter a sede.

México, Estados Unidos e Canadá foram escolhidos como territórios da Copa do Mundo, no Congresso da FIFA, em junho de 2018, quando a candidatura norte-americana venceu a de Marrocos por 134 votos a 65.

Com a tecnologia avançando a uma velocidade vertiginosa, mercadologia a todo vapor, VAR e uma explosão do futebol feminino, o futebol hoje é um esporte mais dinâmico do que nos românticos anos de 1970 e 1986, quando Brasil e Argentina se tornaram campeões mundiais.

Os mexicanos aceitaram que sua parte na Copa do Mundo esteja marcada pelos avanços, com estádios modernos, conectividade e tudo o que a modernidade exige da FIFA, mas sentimentais como são, farão isso inclinados em sinal de respeito pelos santos Pelé e Maradona, que no século passado realizaram seus maiores milagres no Azteca.

Fonte: Besoccer

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