Manuel Gonçalves fala na Assembleia da ONU

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TITOS MUNGUAMBE, em Nova Iorque

O VICE-MINISTRO dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Manuel Gonçalves, discursa hoje na sessão de Alto Nível da 79.ªAssembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, evento que desde o dia 24 vem sendo marcado por apelos de líderes mundiais a uma maior cooperação internacional para se enfrentar desafios como mudanças climáticas, pobreza e desigualdades sociais e económicas.

A 79.ª Assembleia-Geral da ONU decorre numa altura em que o mundo enfrenta, igualmente, as consequências de conflitos cuja solução tarda a aparecer, sobretudo, no Médio Oriente e na Europa, para além de outras crises globais de saúde.

A posição de Moçambique é que o multilateralismo é a melhor ferramenta para fazer face aos múltiplos desafios da humanidade, observando que a resposta eficaz aos problemas precisa de reformas no sistema multilateral, especialmente quanto à representação dos países em desenvolvimento.

Durante um encontro sobre a resistência antimicrobiana, os líderes globais, incluindo Moçambique, adoptaram uma declaração política que estabelece medidas para fortalecer a acção do mundo contra essa ameaça à saúde pública.

Numa intervenção proferida sexta-feira, no Conselho de Segurança da ONU, Manuel Gonçalves juntou a sua voz à dos líderes globais que apelam à cessação imediata das hostilidades no Médio Oriente, onde o conflito israelo-palestiniano tende a alastrar-se.

Gonçalves também apelou à necessidade de se assegurar o acesso humanitário incondicional para que a ajuda chegue aos necessitados sem restrições.

Entretanto, num encontro convocado pela Argélia para discutir o Médio Oriente, o governante moçambicano descreveu que a situação em Gaza e nos territórios palestinianos ocupados continua crítica, assistindo-se a um aumento de operações violentas e militarizadas, causando um elevado número de vítimas e destruição extensa de infra-estruturas civis, incluindo escolas, hospitais e abrigos.

Hoje é o último dos debates da sessão de Alto Nível da Assembleia Geral, aberta semana passada pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que sobre as mudanças climáticas alertou que o aumento do nível do mar, acelerado pelos gases com efeito de estufa, pode causar o deslocamento de milhões de pessoas, devastar economias e ameaçar a sobrevivência de países insulares e regiões costeiras. 

Fonte: Jornal Noticias

 

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