“Se alguém ganha 14 vezes, não se pode falar em sorte”

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O Real Madrid chega ao seu cenário preferido, a véspera de uma final de Champions. Sente-se confortável e escapa de uma pressão que também não afeta Antonio Rüdiger, conforme expressou em sua última entrevista ao ‘El Mundo’. O zagueiro alemão, importante nesta temporada devido às várias lesões na defesa, assume esse papel e chega com convicção para esta disputa pelo título. Ele reconhece que já se acostumou com essa exigência de ganhar a cada partida.

“É o momento que eu havia sonhado. Estar em uma final com o Real Madrid. Levando em conta sua história, que ganhou tantas vezes, mas ainda assim é especial. É minha primeira final de Champions aqui e me sinto bem. Desfrutando do momento. O vestiário está tranquilo e focado, porque você não pode ficar excessivamente excitado. Esses jogadores já conhecem esse tipo de partida. Eles jogaram muitas vezes e têm calma, algo que é transmitido para o time. A vida se trata de equilíbrio, encontrar o ponto médio entre a excitação e a calma”, expõe Rüdiger.

Questionado se esse DNA do Real Madrid se deve um pouco à sorte, o alemão cortou: “Não, não… se alguém ganha 14 vezes, não se pode falar em sorte. O que as pessoas te dizem na rua, onde quer que você vá, é ‘vamos pelo 15º’. É o DNA. Vencer. Eu gosto disso e por isso assinei. Sinto muita responsabilidade porque este clube é sobre vencer e, para mim, a vida também é sobre isso, então é perfeito. Um bom encaixe”, afirmou.

“No meu primeiro ano, o clube vinha de ganhar a LaLiga e a Champions e os jogadores tinham vantagem, eu entendo. Não joguei muitos jogos importantes e, honestamente, não me sentia importante, mas este ano, também por causa das lesões, as coisas mudaram. E, por isso, esta final é tão importante para mim. Para colocar meu selo neste ano. Medo da final? Medo só de Deus. No final do dia, somos seres humanos e não há por que temer outro ser humano. Sou muçulmano e tenho uma crença muito forte, por isso só temo a Deus, que é o criador de tudo. Não se deve temer a mais ninguém”, Rüdiger conta, de forma contundente.

O vestiário do Real Madrid viveu dias emocionantes com a despedida de Toni Kroos, que encerrará sua etapa como jogador profissional em clubes, na final da Champions: “Eu o conhecia da Seleção, mas não éramos tão próximos. Tinha uma percepção diferente sobre ele, mas quando cheguei aqui, conheci o verdadeiro Kroos. Um grande cara, que ama sua família, e como sou pai também, isso me faz respeitá-lo muito. Vejo um grande modelo a seguir, esse tratamento com sua família, eu não vi em nenhum outro jogador de futebol”.

Fonte: Besoccer

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