FNB Moçambique: Estar entre os 3 primeiros e melhores bancos de Moçambique, um objectivo para ser alcançado a médio prazo

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O FirstRand Bank accionista do FNB Moçambique é uma das maiores instituições financeiras da África do Sul e possui uma posição significativa no mercado financeiro do país. É parte do FirstRand Group, um dos maiores grupos financeiros em termos de activos, com uma ampla gama de serviços bancários e financeiros. 

O FirstRand Bank é um dos “Big Four” bancos na África do Sul, juntamente com Standard Bank, Nedbank e Absa. Esses quatro bancos dominam o sector bancário do País.

O FNB Moçambique S.A, subsidiária do FirstRand Group, iniciou as suas actividades em Moçambique em 2007 com a aquisição do então Banco de Desenvolvimento e Comércio (BDC).

A instituição de crédito posiciona-se, em Moçambique, com enfoque na prestação de serviços financeiros ao sector empresarial moçambicano, assumindo-se como um Banco Corporativo e de Investimento que também opera ao nível da banca comercial e de retalho. Portanto, é um banco universal.

Entretanto, a despeito de o FirstRand Bank ser um player crucial e influente no mercado financeiro sul-africano, com uma forte base de clientes, uma ampla gama de serviços financeiros e um compromisso com a inovação e o desenvolvimento económico, a expressão da sua subsidiária no sector bancário moçambicano ainda não é de relevância sistémica. Mas o FNB Moçambique sublinha que é sua ambição estar entre os maiores e os melhores bancos no mercado financeiro moçambicano, a médio prazo, e que não é sua estratégia manter uma posição residual na estrutura do sector bancário moçambicano  

Em 2023, o Banco registou um lucro líquido após impostos de MZN 49 milhões, manteve o foco na consolidação da sua posição financeira, reforçando simultaneamente a sua plataforma operacional e disponibilizando novas soluções digitais aos seus clientes. Como resultado, o Banco aumentou em 27% a sua carteira de créditos a clientes ano após ano. 

“Este forte crescimento na carteira de créditos, juntamente com uma gestão adequada do nível de depósitos de clientes contribuíram para o aumento da liquidez imediata em 81% em relação ao anterior. Para o exercício económico de 2024, o Banco continuará focado na execução da sua estratégia corporativa e comercial, bem como na actualização significativa da plataforma digital e da interface com os clientes”, disse o FNB em entrevista ao “Semanário Económico e ao “O.Económico”.

Agnallo Nampunda, Director de Tesouraria do FNB, que foi o porta voz da instituição de crédito na interacção havida, sinalizou alguns riscos para os quais o banco diz estar atento, fazendo monitoria e investimentos apropriados para evitar percalços e comprometer as ambições da instituição de se colocar entre os 3 primeiros, ganhando a sua proeminência sistémica no contexto da indústria bancaria nacional.

Na perspectiva da sua sustentabilidade, o FNB diz que tem feito “um controlo apertado e monitoria a factores que tem que ver com o ambiente regulatório que, revelou estar a ser cada vez mais sentida no sector financeiro”. 

A intensidade com que o quadro regulatório nacional impacta nas actividades do banco, é relevante, tal como referiu o FNB.  “A questão da pressão regulamentar, que é cada vez mais sentida”.

O banco que já considera essa pressão regulatória um desafio, diz igualmente tratar-se de uma transformação que requer investimento, projectos e muito capital.

E para não estar desalinhado, o FNB garantiu ter capacidade para fazer este acompanhamento, o que tem garantido a instituição um “crescimento assinalável” nos seus indicadores de balanço.

Na perspectiva da estratégia, para a sua entrada no mercado, o FNB apostou nas empresas, como elemento diferenciador, em Moçambique.

“Nós acreditamos que o setor empresarial é o pilar, o pulmão do crescimento económico de um país, porque, se não vejamos, as empresas são o garante daquilo que é a criação de empregos, são os motores para um crescimento social e a alavancagem daquilo que chamamos de indicadores sociais de uma economia”, afirmou Agnallo.

Totalmente dedicado a este nicho de mercado, o banco percebe os constrangimentos que Moçambique enfrenta para atingir patamares elevados na atracção dos investimentos. 

“Estamos em um país em que, de per si, limita aquela apetência que chamaríamos de atração dos investidores, porque estamos a dizer que o CCC não é um nível de investimento. É muito importante que o país consiga, num futuro muito próximo, elevar os nossos níveis de notação de risco de crédito, ou a percepção que o resto do mundo tem sobre o país”, apelou Agnallo.

Nos últimos anos, Banco de Moçambique, na sua qualidade de regulador do mercado, tem estado bastante activo em mecanismos de definição de instrumentos de Política Monetária. 

Entende o FNB que são demandas da conjuntura financeira global que procura apertar o cerco contra actividades ilícitas relacionadas a actos de branqueamento de capitais e actividades de contrabando e de financiamento ao terrorismo. 

E num mundo que cada vez mais aposta em processos de integração e digitalização, o FNB garantiu que também prioriza esta vertente investindo o suficiente para encarar a concorrência com optimismo, incluindo aquela imposta pelas fintechs.

“Temos estado a observar cada vez mais democratização da oferta dos serviços financeiros e Moçambique também pode se ver como exemplo. Temos essas entidades de moeda digital ou moeda eletrônica que, pelo que fazem, acelerou a inclusão financeira. Então, essas são as tendências que nós estamos a ver e continuaremos a ver cada vez mais novos jogadores naquilo que nós chamamos de fintechs, que são uma janela também de oportunidade. Uma janela de competição depende de como o banco quer se posicionar, mas nós pensamos que o mercado é amplo, o mercado está lá, se de forma estratégica caminharmos mão a mão ou ombro a ombro com essas entidades, isto faz com que as nossas comunidades, as nossas populações tenham um serviço cada vez mais dedicado, mais acessível e de forma eficiente. É um desafio estruturante”. Afirmou o porta-voz do FNB Moçambique, na entrevista.

Diante destes riscos e desafios, o FNB não se intimida. Garante que vai investir para estar entre os três primeiros e mais cotados no mercado financeiro nacional. O banco vê no pais potencial para que suas metas sejam atingidas.

Na ordem do dia, na indústria bancaria e não só, para o banco, o risco cibernético é cada vez mais gritante, cuja resposta só poderá ser com “contínuo investimento em plataformas.”

Para o FNB, as projecções são muito risonhas para o Moçambique do futuro. A questão de fundo é, “como é que nós convertemos essas potencialidades em oportunidades reais”.

Fonte: O Económico

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