Erradicação da cólera nas comunidades afectadas pelas cheias em Moçambique

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Búzi, Moçambique – Na extensão verde e plana da província de Sofala, a planície de inundação do rio Búzi estende-se até ao horizonte. Os agricultores, atraídos para estas terras pelo solo fértil, enfrentam os desafios das cheias regulares e dos ciclones devastadores.

“Há aqui um problema com a água desde os ciclones. As pessoas têm tido dificuldade em obter água potável e a cólera é um problema grave”, diz Augustinho Vasco, 32 anos, funcionário de campo da Médicos com África CUAMM.

Todas as manhãs, no centrp de de saúde local, Augustinho recolhe uma lista de nomes e moradas de pacientes diagnosticados com cólera. Vai a casa de cada doente para falar com a família e depois vai de porta em porta falar com os vizinhos. Augustinho distribui garrafas do purificador de água Certeza, descontamina latrinas, distribui folhetos e diz às pessoas para lavarem os legumes e tratarem a água, entre outras mensagens importantes.

“As pessoas sabem alguma coisa sobre a cólera, mas não tudo. Dizemos-lhes que a cólera está aqui ao lado e que têm de tomar precauções”, diz Augustinho.

Augustinho está a descrever uma abordagem de prevenção de surtos de doenças chamada abordagem de intervenções orientadas por área de casos (CATI). Trata-se de uma estratégia altamente eficaz que se concentra proactivamente na contenção dos primeiros grupos de casos, minimizando a transmissão no raio de alto risco em torno dos agregados familiares afectados.

O impacto é claro para Augustinho: “As pessoas da comunidade recebem as nossas mensagens e mudam o seu comportamento. Esta abordagem está a ajudar a eliminar a cólera na zona.”

Com formação em saúde pública, Augustinho está feliz por partilhar a sua experiência com a sua comunidade no distrito do Búzi e por ajudá-la a evitar surtos desta doença mortal.

A abordagem CATI à resposta e prevenção da cólera está a ser implementada com o generoso apoio do Fundo Central de Resposta a Emergências (CERF).

Fonte: UNICEF

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