O primeiro tempo começou com uma espetacular bicicleta de Édgar Yoel Bárcenas, que passou perto do gol. Aviso do Panamá, que precisava somar pontos para seguir vivo na competição. Após esse aviso, o que o Panamá levou foi um susto: Weston McKennie marcou um gol para os Estados Unidos, em uma jogada de bola parada, após um rebote na área.
Porém, após revisão do VAR, o árbitro salvadorenho Iván Barton anulou o gol por impedimento de Tim Ream, que havia dado o passe para McKennie. Novamente o VAR foi protagonista aos 18 minutos, quando Barton expulsou Tim Weah, por uma agressão inexplicável a Roderick Miller. Weah desferiu um soco na cabeça de Miller com a bola fora de jogo.
Os Estados Unidos reagiram com raiva à expulsão de Weah e, aos 22 minutos, Folarin Balogun colocou o time da casa na frente com um chute forte, que entrou após bater na segunda trave de Orlando Mosquera. Foi o segundo gol de Balogun no torneio, que foi um espelho do primeiro, sofrido pelo Panamá em sua estreia contra o Uruguai.
O Panamá respondeu rapidamente. César Blackman, que ocupou o lugar do lesionado José ‘Puma’ Rodríguez, empatou com um chute ajustado à trave direita de Matt Turner, de fora da área. O gol de Balogun havia sido uma ilusão. Com 10 jogadores, a seleção americana se tornou vulnerável tanto na defesa quanto no meio-campo, deixando muito espaço para Adalberto Carrasquilla causar danos.
Até o intervalo, a sensação foi de perigo constante sobre a área defendida por Turner, mas os panamenhos não conseguiram aproveitar sua superioridade. Um primeiro tempo agitado.
O Panamá foi recompensado
Gregg Berhalter mudou o sistema no segundo tempo, do 4-4-3 inicial para o 5-3-1, com a entrada do zagueiro Cameron Carter-Vickers, com o objetivo de estabilizar a equipe após os momentos difíceis antes do intervalo e talvez já pensando em segurar o empate. Ele também substituiu Turner, que se machucou no joelho no primeiro tempo, após uma dividida com Blackman.
O Panamá já sonhava com o segundo gol, quando o árbitro marcou pênalti por uma falta de Carter-Vickers em José Fajardo, que havia entrado no intervalo. Após consultar novamente a decisão inicial no VAR, Barton se retratou, considerando que não houve contato. Em meio ao domínio panamenho sem chances claras, Ricardo Pepi desperdiçou uma das poucas oportunidades dos Estados Unidos, cabeceando fraco para as mãos de Mosquera.
Já perto do final da partida, aos 83 minutos, veio a recompensa para o Panamá. Em uma jogada iniciada por Carrasquilla, Fajardo marcou o gol da virada, assistido pelo recém-entrado Abdiel Ayarza. A alegria panamenha foi interrompida pouco depois, quando Carrasquilla foi expulso com vermelho direto, por uma entrada violenta por trás em Christian Pulisic.
Com 10 contra 10, os cinco minutos de acréscimos pareceram uma eternidade para o Panamá. A derrota deixa os Estados Unidos em uma situação muito complicada, pois terão que decidir a classificação para as oitavas de final no último jogo da fase de grupos, contra o Uruguai, enquanto o Panamá enfrentará a Bolívia.
Fonte: Besoccer