Xavi: «É cruel treinar o Barcelona»

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[imgep]

Treinador falou pela primeira depois de anunciar saída em junho e disse que já tinha decidido no início da época; admitiu voltar

Xavi Hernández voltou esta terça-feira à ‘bomba’ que largou na semana passada, de que vai deixar o comando do Barcelona no final da temporada.

«Temos de ser autocríticos e estar ao nível. A decisão sobre a minha demissão já foi tomada há muito tempo, o nosso trabalho não é suficientemente valorizado. É por isso que decidi desde o início da temporada que ia sair.»

O treinador disse ainda que é cruel a pressão que há para este posto: «É como me sinto, tento expressar o que sinto. Fazem com que te sintas inútil, é cruel treinar o Barcelona. Falei disso com outros treinadores, Pep, Ernesto, vi sofrer o Luis Enrique, mas não sabia. Agora já o vivi. Temos um problema quanto à exigência deste cargo.  Não se aprecia, não é qualidade de vida parece que arriscas a vida a cada momento. Por isso é que digo que é cruel.»

«Depois do meu anúncio, creio que agora é hora de unidade. Estes não são tempos fáceis e precisamos mais do que nunca da união dos adeptos do Barcelona. Os adeptos nunca nos falharam. Agradeço o apoio após meu anúncio, a reação foi espetacular», disse a propósito do próximo jogo com o Osasuna: «A época ainda não acabou.»

Xavi falou da sensação de que nada do que diga está bem: «Sempre que vim à sala disse o que pensava. Se eu disser que estamos em construção, vocês ‘matam-me’. Se digo que não temos o Barça de 2010, também há críticas. Faça o que fizer, há críticas. Nada é pacífico, nem ganhar a Liga a 14 pontos do Real Madrid, nem vencer a Supertaça,… é uma questão do ambiente, do clube, das exigências e de mim mesmo… e daí o sentimento de ir-me embora.»

O treinador foi ainda questionado sobre se a saída está ligada aos constrangimentos financeiros do clube: «O desgaste não tem nada a ver com a situação económica. Fui homem do clube e serei até ao fim. Adaptámo-nos às circunstâncias. Acho que foi feito um trabalho muito bom. Estou com a consciência tranquila. … Dei prioridade ao clube. Dizem que dei duzentas desculpas, mas  é o contrário. Adaptei-me às circunstâncias e às dificuldades.»

E também deixou uma garantia: «Não descarto voltar. Mas agora o clube não vai precisar de mim, mas sim de outro tipo de treinador.»

(atualizado às 13.08 horas)

Fonte: A Bola

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