Gonçalo Santos será o treinador principal do Casa Pia, mas não possui as habilitações exigidas pela Liga de Clubes; contará, por isso, com um adjunto que assumirá esse lugar na ficha de jogo, mas Nuno Presume não foi convidado, João Aroso recusou
Esta quinta-feira, quatro dias após a derrota do Casa Pia frente ao Rio Ave, que ditou a saída de Pedro Moreira do comando técnico dos gansos, foi finalmente anunciada a rescisão do treinador de 50 anos, por mútuo acordo. Com isto, Gonçalo Santos, que era então adjunto no clube lisboeta, foi promovido à função de treinador principal a tempo inteiro…mas não estará sozinho, visto necessitar da presença efetiva de um novo adjunto para assumir, o cargo de primeiro no papel.
Isto porque é público que o técnico de 37 anos que já iniciou a presente semana a orientar, com (a possível) normalidade, o plantel dos lisboetas, apontando baterias à receção ao Arouca, agendada para este domingo, não detém as habilitações exigidas para assumir formalmente o lugar de técnico principal no escalão maior, mais concretamente a habilitação UEFA-Professional, vulgarmente conhecida por Grau IV. No entanto, não precisa de o fazer no imediato.
Desta forma, Gonçalo Santos assumirá, em solitário, o comando técnico na receção aos arouquenses, até porque a Liga de Clubes permite uma tolerância que permite, em situações deste tipo, um curto período para ajuste, que normalmente está diretamente relacionado com a contratação de um novo treinador principal. O que, na teoria, corresponde à realidade, porque Gonçalo Santos não será inscrito como treinador principal, cabendo esse privilégio ao treinador a contratar, pelo qual o emblema da capital portuguesa já enceta contactos.
Contactos esses que, pôde confirmar A BOLA, ainda não passaram por Nuno Presume, e que chegaram a João Aroso, que recusou; no fundo, dois técnicos que, de facto, preenchem os requisitos do Casa Pia e têm experiência nesse papel, o último de uma forma mais recente mas, segundo o nosso jornal, a escolha do emblema de Pina Manique não passará por nenhum destes dois nomes e não existe urgência na decisão, devido à tolerância acima descrita. Ainda assim, essa contratação deverá fechar-se nos próximos dias.
Nuno Presume, de 53 anos, encontra-se livre desde que no decorrer do ano passado deixou os brasileiros do Bahia, onde trabalhou enquanto adjunto de Renato Paiva. De resto, no seu passado, o técnico possui experiência de primeiro escalão enquanto adjunto ao serviço de Sporting e Vitória de Guimarães, em ambos os casos coadjuvando José Peseiro, atual selecionador da Nigéria. O treinador ausculta ofertas, mas nenhuma partiu do Casa Pia e seguirá, por isso, livre no mercado.
Já João Aroso, de 51 anos, tem efetivamente experiência neste tipo de situação, visto ter assumido o cargo de treinador principal quando integrava a equipa técnica liderada por Moreno Teixeira no Vitória de Guimarães e já depois da sua saída, tendo assumido interinamente o lugar na 2.ª jornada da presente edição da Liga, na qual os vitorianos derrotaram o Gil Vicente por 2-1. Neste caso em concreto existiu, de facto, um contacto por parte de um emissário do emblema casapiano, mas o técnico recusou liminarmente a proposta que lhe foi colocada.
O técnico que antes, como técnico principal, orientou o SC Braga B e a seleção sub-20 de Marrocos havia também rejeitado um convite para se juntar ao Desportivo de Chaves e, tal como declarou a A BOLA no dia 12 de janeiro, aguarda por convites que considere viáveis e o seu próximo destino poderá contemplar a liderança de uma equipa técnica. Desta forma, deverá ser outro o nome a reforçar o staff técnico do Casa Pia, devendo os próximos dias ditar decisões quanto a esta situação em particular.
A recente entrevista concedida por João Aroso a A BOLA, a 12 de janeiro último.
Fonte: A Bola
