Longe do que era esperado, Vladimir Putin chegou a Mongólia, país membro do Tribunal Penal Internacional (TPI), e não foi detido. Putin é acusado de crime de guerra na Ucrânia.Há 18 meses que o Tribunal Penal Internacional emitiu mandado de captura ao Presidente Russo, Vladimir Putin, acusado de crimes de guerra na Ucrânia, e Putin continua desfilando a classe até em países membros do Tribunal Internacional, que são obrigados a deter os suspeitos, quando é emitido um mandado de captura.Nesta segunda-feira, o líder Russo chegou à Mongólia e não foi detido, apesar do pedido feito pela União Europeia e Ucrânia ao Tribunal Penal Internacional. Esta sexta-feira, Putin juntar-se-á ao presidente da Mongólia, Ukhnaa Khurelsukh na cerimónia que assinala a vitória, em 1939, das tropas soviéticas e mongois sobre o exército japonês, que tinha tomado o controlo da Manchúria, no nordeste da China.Signatário do acordo do Tribunal Penal Internacional desde o ano de 2000, a Comunidade Europeia e o povo da Ucrânia esperavam que Putin fosse detido.“Manifestamos as nossas preocupações relativamente à visita e manifestamos claramente a nossa posição em relação ao Tribunal Penal Internacional, através da nossa delegação na Mongólia e evidentemente, a UE apoia a investigação pelo procurador do TPI na Ucrânia. E apelamos à plena cooperação de todos os estados Partes”, disse Nazira Massalli, Porta Voz da UE para os Negócios Estrangeiros. Recorde-se que em 2023, na 15ª cimeira dos BRICs na África dos Sul, o presidente Russo era esperado e não compareceu, tendo simplesmente enviado o ministro dos negócios e estrangeiros.Desde a sua criação, outros indivíduos que foram alvo de mandados de prisão do TPI, como o ditador sudanês, Omar al Bashir, viajaram para Estados signatários do Estatuto de Roma, também sem serem detidos.
Fonte:O País