Produção de ouro em Moçambique cresce 33 % no primeiro trimestre

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De acordo com o Balanço do Plano Económico e Social e Orçamento do Estado do I Trimestre de 2024, o país produziu em três meses 461,09 quilos de ouro, registo que compara com os 346,30 quilos do mesmo período de 2023, correspondendo a 29% da meta para todo o ano de 2024, que é 1.583,59 quilos.

O bom desempenho das empresas Mutapa Mining Processing e MMC Resources, que juntas produziram um total de 199Kg, o início da produção da Empresa Daima Mozambique, S.A, nos finais de 2023 e maior controlo da mineração artesanal, contribuíram para este crescimento.

Cada quilograma de ouro vale actualmente cerca de 73 mil dólares no mercado internacional, pelo que a produção total do primeiro trimestre representa praticamente 33 milhões de dólares.

Moçambique já tinha batido em 2023 o recorde de produção de ouro, com mais de 1,6 toneladas, acima do projectado para o ano passado e para 2024. De acordo com um relatório do Ministério da Economia e Finanças com a execução orçamental de Janeiro a Dezembro, o país produziu 1.666,4 quilos de ouro, um aumento de 32% face aos 1.263,8 quilos de 2022, já um recorde.

Para o ano 2024 foi planificada a produção de um total de 42 (quarenta e dois) tipos de recursos minerais, dos quais 6 (seis) metálicos, 16 (dezasseis) não metálicos, 1 (uma) rocha ornamental, 17 (dezassete) pedras preciosas e semipreciosas e 2 (dois) combustíveis. Igualmente foi planificada a produção do gás natural e condessado em onshore e offshore.

Com relação a produção para o período em análise, o sector apresentou um desempenho global satisfatório, com um crescimento global de 14,6% comparativamente a igual período de 2023 e uma taxa de realização de 22% em relação ao plano anual.

Constituem fundamentos para este desempenho a contribuição da produção do gás natural; carvão coque; ouro e, areais pesadas com destaque para a ilmenite.

Relativamente a produção de areias pesadas, destaca-se a produção da ilmenite que registou uma execução em relação ao plano de 25% e um crescimento de 8,5% comparado a igual período de 2023, como resultado do aumento da oferta no sector de pigmento de ilmenite e procura no mercado internacional.

Minerais não Metálicos

No grupo dos minerais não metálicos destaca-se a Grafite com 3% de realização em relação ao plano anual e um decréscimo de 60,1% comparado a igual período de 2023, resultante da paralisação das actividades da GK Ancuabe Graphite Mine, S.A. em 2023, bem como a interrupção das actividades da empresa Twigg Mining and Exploration.

Em relação aos materiais de construção, concretamente areia e pedra de construção e granito em blocos, registou-se uma realização de 14%, 20% e 33% de execução em relação ao plano anual e uma taxa de crescimento de 3,3% para pedra e granito em blocos, e um decréscimo de 25,5% para areia de construção devido à intransitabilidade das vias de acesso associado a época chuvosa.

Preciosas e Semi-preciosas

No grupo das pedras preciosas e Semi-preciosas, as taxas mais altas de produção pertencem às Gemas, com maior destaque para o Corundo Refugo (976%), seguido pela Granada Hesonite (311%), Esmeralda (248%), Safira (229%), Granada Refugo (100%), resultante em grande parte da produção da Mineração Artesanal de Pequena Escala, e ao facto de os planos/previsões para gemas serem feitas com base em locais de mineração já conhecidos.

Relativamente ao Rubi, este apresenta um baixo desempenho, situado em 8%em relação ao plano anual e um decréscimo da produção na ordem de 55% e relação ao período homólogo. Este resultado deveu-se em grande medida aos baixos níveis de produção da maior produtora deste mineral, associado a avaria no equipamento produtivo e aos ataques ocorridos à sua mina nos últimos tempos.

No entanto, com relação à produção de carvão mineral, um dos produtos determinantes para o nível de crescimento da produção global, registou-se uma produção 1.953.281 Ton para coque e 2.032.483 Ton para o térmico. Esta produção representa uma execução de 26% e 25% e uma taxa de crescimento de 29,3% e 20,1% em relação a igual período 2023.

Globalmente, o Governo espera para o sector da indústria extractiva um crescimento de 18,6% em 2024, “que conta com o aumento da produção da maioria dos minerais com grande peso na estrutura global, nomeadamente o ouro, as areias pesadas, a grafite e o carvão térmico”.

Fonte: O Económico

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