Banco Mundial liberta 520 milhões de meticais para infra-estruturas em Cabo Delgado

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O Banco Mundial vai disponibilizar 520 milhões de meticais para a construção de diversas infra-estruturas na província moçambicana de Cabo Delgado, anunciou na quinta-feira, 04 de Abril, o Fundo Nacional de Desenvolvimento Sustentável.

“Temos a primeira janela de financiamento com orçamento de 400 mil dólares (368 mil euros) por distrito. As actividades principais na primeira janela têm que ver com saúde, educação, infra-estruturas (…) A janela dois do financiamento é para o apoio à comunidade, num valor total de 90 mil dólares.

“Temos um total de 300 comunidades para apoiar”, adiantou Edgar Augusto, coordenador do Fundo Nacional de Desenvolvimento Sustentável (FNDS), entidade governamental responsável pelo Projecto de Resiliência Rural no Norte de Moçambique (MozNorte).

Aquele responsável falava durante a sexta sessão do conselho executivo do projecto em Cabo Delgado, no Norte de Moçambique.

Os fundos deverão ser aplicados principalmente na construção de hospitais, estradas e escolas nos distritos de Montepuez, Ancuabe, Metunge e Mecufe, todos da província de Cabo Delgado.

“Queremos encorajar a MozNorte a continuar com o projecto porque, com ele, já estamos a sentir consolidada a nossa esperança”, disse o governador de Cabo Delgado, Valige Tauabo, na mesma ocasião.

O MozNorte tem como objectivo melhorar a vida das comunidades vulneráveis e fazer a gestão dos recursos naturais, sobretudo em áreas rurais, focando-se nos deslocados devido ao conflito armado que desde 2017 assola a província de Cabo Delgado.

A província enfrenta desde então uma insurgência armada com ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

Depois de vários meses de relativa normalidade nos distritos afectados, a província de Cabo Delgado registou, há alguns meses, novas movimentações e ataques de grupos rebeldes, que têm limitado a circulação para alguns pontos nas poucas estradas asfaltadas que dão acesso a vários distritos.

A insurgência levou a uma resposta militar desde Julho de 2021, com apoio primeiro do Ruanda, com mais de 2.000 militares, e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projectos de gás natural.

Fonte: O Económico

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