Esta segunda - feira, o programa “ Ao Ataque ” da STV, debateu a situação da arbitragem no país. Arão Júnior, antigo árbitro de futebol e actual presidente da Comissão de Árbitros da Cidade de Maputo, e Fernando Massavanhane, presidente da Comissão Provincial de Árbitros da Província de Maputo, juntaram - se aos jornalistas, Renato Caldeira e Alexandre Zandamela, para falar sobre o assunto. Segundo os representantes da arbitragem, a Comissão Nacional de Árbitros de Futebol ( CNAF ) deve responder sobre a situação, pois é o organismo máximo que superintende os árbitros em Moçambique. Aliás, tamanha é a expressividade dessas características, que “ as pessoas indicadas para desempenhar as funções de árbitro têm o dever de revelar, antes da aceitação da função, qualquer facto que denote dúvida justificada quanto à sua imparcialidade e independência ”. Que espaço existe para aplicação destes princípios, na actual situação dos árbitros nacionais ? Uma vez mais os jornalistas Renato Caldeira e Alexandre Zandamela questionaram sobre como apelar a verdade desportiva, quando não existem condições criadas para se evitar desvios comportamentais. Como fica a consciência de quem deve zelar pela conduta acertiva, se não cria condições para evitar desvios ? Os jornalistas mostraram - se temerosos quanto a materialização da verdade desportiva, sobretudo quando se está a algumas jornadas do encerramento do Moçambola e há poucas outras do fim da fase de apuramento zonal à mesma prova. O silêncio da CNAF Que nível de rigor se exige a CNAF no tratamento dos problemas que afectam a arbitragem e que podem influenciar negativamente no curso normal das provas no país ? Muito recentemente, contactada pelo programa “ Ao Ataque ” para responder sobre o mais recente e flagrante caso de corrupção ocorrido em Nampula, num jogo da segunda liga e que culminou na penalização de um juiz e seus assistentes, a CNAF resumiu - se a desculpa de que em tempo oportuno versaria sobre a situação e demais temas atinentes aos árbitros sob sua batuta.