Os deputados de palmo e meio recordaram ao Governo, na terça - feira ( 15 ), na Assembleia da República ( AR ), que em Moçambique ainda há muitas crianças deficientes, órfãs e vulneráveis sujeitas às piores formas de maus - tratos e exploração infantil, bem como a casamentos prematuros, mas não têm merecido a atenção e cuidados necessários, por isso, não podem sonhar com uma vida condigna. Dorico Pedro José, que no primeiro dia da VI Sessão do Parlamento Infantil cessou funções como presidente deste órgão, socorreu - se do lema do evento – “ Só Seremos o Futuro do Amanhã, Se nos Deixarem Sonhar ” – para lembrar aos mais velhos que “ sonhar faz toda a diferença ” para um petiz, ao qual se exige que amanhã seja um adulto íntegro e vertical, sobretudo numa sociedade que parece cada vez mais conflituosa. Retomando o discurso sobre a necessidade se de criar condições efectivas para que as crianças vivam num mundo onde possam realizar os seus sonhos, MarcoLuigi Corsi, representante do Fundo das Nações Unidas para Infância ( UNICEF ), disse que a garantia desse desiderato pode assegurar o gozo de “ deveres e direitos cívicos ”. Segundo a fonte, a VI Sessão do Parlamento Infantil e outros espaços similares deve servir para se saber do Governo “ como pretende melhorar as condições para que cada criança viva, cresça e sonhe ”. Cidália Chaúque, ministra do Género, Criança e Acção Social, disse esperar que os parlamentares de palmo e meio deixem contribuições que sugiram o que se deve melhorar no sentido de os petizes crescerem num ambiente são e harmonioso. Participam na VI Sessão do Parlamento Infantil 114 deputados de palmo e meio, dos quais 64 meninas e 50 rapazes, oriundos de todas as províncias do país. Juntam - se ao grupo, na qualidade de convidados da cidade e província de Maputo, outros 136 petizes de escolas primárias, secundárias e centros de atendimento à criança em situação difícil.