O Governo de Moçambique afirma não estar interessado na proposta dos detentores dos “ Mozambique 2023 Eurobonds ”, a dívida da Empresa Moçambicana de Atum ( EMATUM ), a quem pregou um segundo calote este ano. Na sequência do incumprimento pelo Executivo de Filipe Nyusi, no passado dia 18, da segunda prestação dos juros dos Títulos da Dívida Pública, denominados “ Mozambique 2023 Eurobonds ”, o maior grupo de credores agrupados para negociar com Moçambique, numa agremiação identificada por Global Group of Mozambique Bondholders ( GGMB ), considera que a decisão “ prejudica a intenção declarada do Governo de normalizar as relações com credores e doadores internacionais ”. Recorde - se que estes detentores dos “ Mozambique 2023 Eurobonds ” são os credores da dívida da EMATUM que o Executivo de Filipe Nyusi transformou em Títulos de Dívida Pública de Moçambique em moeda estrangeira e renegociou pagar até 2022 apenas os juros, duas vezes por ano, e em 2023 amortizar a totalidade do valor pendente. Entretanto este grupo de credores reiteram, no comunicado que estamos a citar, a proposta que apresentaram a 29 de Junho onde sugerem ao Governo de Filipe Nyusi repudiar as Garantias emitidas à favor dos empréstimos da Proindicus e da MAM e também encerrar as três empresas estatais.