O resultado da eleição presidencial é imprevisível, com os dois principais candidatos, o Presidente cessante, Uhuru Kenyatta e o seu rival, Raila Odinga, a reeditarem o duelo de 2013, no mesmo registo de campanha acrimonioso, marcado por acusações recíprocas. Agora, a campanha eleitoral vinha decorrendo num ambiente de calma relativa, até ao ataque à residência do vice - presidente, William Ruto, a 29 de Julho, e ao anúncio do assassinato de Christopher Musando, supervisor do sistema informático da Comissão Eleitoral queniana ( IEBC ), cujo corpo foi encontrado no mesmo dia com marcas de tortura, perto de uma floresta nos arredores de Nairobi. Aos 72 anos, e a concorrer pela quarta vez e seguramente última ao cargo mais alto da nação, pela coligação NASA ( acrónimo em inglês de National Super Aliance ), Raila Odinga tem feito campanha com a garantia de estar a “ proteger ” os votos que lhe foram roubados em 2007 e em 2013. O Presidente e o seu vice - presidente, William Ruto, rejeitam as alegações da oposição e acusam - na de preparar a opinião pública para a rejeição da vitória da Jubilee, a coligação no poder.