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Vinícius complica sua corrida pela Bola de Ouro

Vinícius complica sua corrida pela Bola de Ouro. EFE

Vinícius Júnior viu sua candidatura à Bola de Ouro perder brilho, após uma atuação irregular na Copa América, onde se destacou em apenas um dos três jogos que disputou, perdendo o quarto jogo por suspensão.

O atacante do Real Madrid chegou como líder de uma seleção brasileira sem Neymar, que não se recuperou a tempo, de uma lesão no ligamento cruzado do joelho esquerdo.

Seus títulos o respaldavam: Supercopa da Espanha, La Liga e uma nova Champions League. As expectativas no Brasil estavam altas – talvez até demais para uma seleção jovem e em construção – e os resultados ficaram aquém do esperado.

O inimigo está em casa

Uma mancha em uma temporada destacada no clube, pode afetar suas aspirações de suceder Lionel Messi e se tornar o próximo Bola de Ouro. No jargão do futebol, se diria que ‘não depende mais apenas de si mesmo’ para conquistá-lo.

Na corrida pelo prestigioso prêmio estão Kylian Mbappé, Erling Haaland, Toni Kroos, que se aposentou este ano, e Jude Bellingham.

O meio-campista inglês agora é a principal ameaça. Também foi fundamental no Real Madrid e acaba de chegar às semifinais da Eurocopa.

Nas oitavas, marcou um gol agônico de bicicleta, candidato a ser o melhor da temporada, que forçou a prorrogação contra a Eslováquia (2 a 1). Nas semis, enfrentará a Holanda, com França ou Espanha como possíveis adversários em uma final hipotética.

Uma Eurocopa nas mãos de Bellingham pode significar o fim, este ano, do sonho dourado de Vinícius.

Dois gols e muitas críticas

A Copa América de 2024 foi o terceiro grande torneio de Vinícius com a seleção principal.

Na edição de 2021, ele foi reserva. Na Copa do Mundo do Catar 2022, esteve longe do nível mostrado no Real Madrid, assim como na atual Copa América, nos Estados Unidos.

O ex-jogador do Flamengo esbarrou no muro da Costa Rica (0 a 0), sendo substituído no segundo tempo por opção técnica.

Ele carregou a equipe nas costas no segundo jogo da fase de grupos contra o Paraguai (4 a 1). Naquele jogo, talvez o melhor desde sua estreia na seleção, ele estava em seu melhor.

Até então, havia marcado três gols com o Brasil e marcou dois naquele dia, em quinze minutos.

Mas contra a Colômbia, mostrou novamente uma versão mais apagada (1 a 1) e também recebeu um cartão amarelo evitável que o obrigou a assistir das arquibancadas, nas quartas de final, a partida contra o Uruguai, que acabou eliminando o Brasil nos pênaltis, após empate sem gols no tempo regulamentar.

O jogador de São Gonçalo, prestes a completar 24 anos, tem sido marcado de perto pelos adversários, com até três homens, sem espaço para driblar.

Sua atitude em campo também tem sido motivo de críticas por parte de alguns rivais.

Ele criticou a Conmebol por levá-los a jogar em campos de futebol americano – mais estreitos – e os árbitros, a quem acusou de estarem “sempre” contra sua seleção.

A torcida brasileira ainda espera pelo melhor de Vini. As eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2026, onde o Brasil também enfrenta uma situação difícil, serão o próximo teste para o camisa 7 da Canarinho.

Fonte: Besoccer

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