“A ideia se reforça. O talento individual deste time está à vista de todos. Demonstraram muita união e souberam sofrer, sempre com vontade de ganhar”, apontou o treinador espanhol nas transmissões televisivas, logo após perder contra a França na disputa de pênaltis, com o erro de João Félix, que acertou a trave.Única e decisiva falha para o fim da aventura portuguesa na Alemanha, com apenas duas vitórias.
“Os jogadores crescerão muito a partir deste jogo”, enfatizou também o técnico. “Não vamos parar aqui. No futuro daremos tudo”, destacou Roberto Martínez, que já olha para a frente, para continuar na tarefa pela qual foi contratado pela Federação Portuguesa de Futebol, substituindo Fernando Santos. Já dirigiu Portugal em 20 partidas, com 15 vitórias – nenhuma nos últimos três jogos, dois empates e três derrotas.
Há “vida” após a Eurocopa 2024, proclamou o treinador
“O mais importante é reagir bem e é isso que pretendemos fazer. Não imediatamente, porque a seleção não é como um clube, tem suas pausas, mas queremos reagir o mais rápido possível e devolver Portugal à rota dos títulos”, apontou Ruben Neves.
Ruben Dias, Bruno Fernandes, Bernardo Silva, Diogo Costa, Vitinha…
“Sinto que a seleção tem cada vez mais recursos e isso deve ser levado em conta porque a maioria de nós continuará aqui e teremos novos”, destacou Rúben Dias, peça fundamental no presente e no futuro da Seleção Portuguesa, aos 27 anos, junto com outros jogadores dessa faixa etária até os 29, como João Cancelo (29), Bruno Fernandes (29), Bernardo Silva (29), Rúben Neves (27) e Diogo Jota (27), que garantem o próximo passo do conjunto português, ainda com muito percurso, experiência e liderança.
“O grupo continua unido. Trabalhamos duro. Embora às vezes as pessoas pensem que não, apesar das críticas, conseguimos manter o time com um espírito muito bom. Isso é único e é onde se vê os grandes times. Tentaremos manter essa união”, expôs Bernardo Silva, meio-campista do Manchester City.
Ao seu lado, uma dúzia de jogadores jovens, mas já muito mais experientes, com 25 anos ou menos, como o goleiro Diogo Costa (24), os defensores Gonçalo Inácio (23), Antonio Silva (20), Nuno Mendes (22) e Diogo Dalot (25) ou os meias João Neves (19) e Vitinha (24), com toda a consolidação que seu último curso no Paris Saint Germain e sua participação na Eurocopa 2024 trouxeram, como uma peça fixa no onze inicial.
Também os atacantes João Félix (24 anos), Francisco Conceição (21), Pedro Neto (24) e Gonçalo Ramos (23), no progresso que se espera deles dentro de seus clubes, na seleção e no futebol. Nenhum deles titular, por enquanto, no esquema que Roberto Martínez apresentou na Eurocopa 2024, mas destinados a se tornarem ainda mais importantes no futuro.
“A qualidade técnica de João Félix é indiscutível e o vestiário sabe que é preciso estar unido para seguir em frente. Continuaremos dando tudo para dar alegria aos nossos torcedores”, destacou o próprio Roberto Martínez sobre o atacante do Atlético de Madrid, com quem tem contrato até 2029 e um futuro incerto, entre o término do empréstimo ao Barcelona, a intenção de venda do clube madrileno e outras opções.
Pepe e Cristiano?
A dúvida está nos mais veteranos, sobretudo em Pepe e Cristiano Ronaldo, além de Danilo Pereira e Rui Patrício. Pepe tem 41 anos, Cristiano tem 39. Por enquanto, nenhum dos dois comunicou o fim de seu ciclo na seleção. O zagueiro já tomou sua decisão. Não a revelou. Não é o momento, insistiu na zona mista.
A Copa do Mundo de 2026, de qualquer forma, parece distante para qualquer um dos dois, referências absolutas da seleção nas últimas duas décadas.
“Não se falou de nenhuma decisão individual”, confirmou o técnico após o jogo disputado em Hamburgo, que citou Pepe como exemplo para jogadores como Gonçalo Inácio e Antonio Silva, zagueiros como ele, chamados a serem seus substitutos no projeto de continuidade da seleção portuguesa, ainda pendente de Cristiano e com uma ideia reforçada após a Eurocopa 2024.
Fonte: Besoccer