Revista Tempo

DURANTE AS MANIFESTAÇÕES: Governo pela manutenção da actividade económica

O GOVERNO encoraja as empresas, incluindo o sector comercial, a manterem-se funcionais, porquanto, as Forças de Defesa e Segurança irão garantir a protecção de pessoas e bens durante as manifestações convocadas para contestar alegadas irregularidades no processo eleitoral.

A garantia foi dada ontem pelo Ministro da Indústria e Comércio, Silvino Moreno, após uma reunião com o sector privado para avaliar o impacto dos tumultos na economia e recolher contributos para mitigar os danos.

“Encorajamos o sector privado a transmitir esta mensagem aos trabalhadores. Como Governo, particularmente na área económica, incentivamos as empresas, instituições públicas e trabalhadores a manterem-se activos durante este período, para que a economia não se ressinta das manifestações,” afirmou.

Reconheceu o direito a manifestação e salientou que, caso ocorram esta ocorra os seus mentores devem respeitar a legalidade, a propriedade privada e pública, não impedindo  o funcionamento das instituições, para não agravar a situação económica do país.

Garantiu que Polícia continuará a actuar preventivamente, embora reconheça que os protestos anteriores não foram pacíficos, porque prejudicaram o funcionamento das instituições, sendo que os prejuízos da paralisação estão por contabilizar.

“Infelizmente, a experiência dos três dias da semana é de arrombamentos de estabelecimentos, destruição de infra-estruturas e perda de vida,” acrescentou o ministro.

Por seu lado, a Confederação das Associações Económicas (CTA) sublinhou que os moçambicanos devem comprometer-se com a estabilidade económica e social, pois, só nos três dias anteriores foram registadas perdas financeiras acima de três mil milhões de meticais.

Segundo o presidenta da CTA, Agostinho Vuma, no ciclo anterior, houve destruição de bens dos empresários e um impacto significativo no sistema financeiro, com uma redução de 75% nas transacções do mercado cambial.

Concretamente, foram  vandalizados 33 estabelecimentos, afectando directamente cerca de 1.200 trabalhadores e impactando em mais de seis mil pessoas.

As manifestações também dificultaram a logística de mercadorias essenciais. A título de exemplo, mais de 1.200 camiões ficaram retidos na fronteira de Ressano Garcia, afectando o abastecimento de produtos básicos a Maputo e outras regiões.

Os empresários registaram ainda problemas no comércio externo com a interrupção da internet, que prejudicou o funcionamento da Janela Única Electrónica, vital para as transacções neste segmento.

Assim, os empresários reafirmaram o  compromisso com a manutenção da actividade produtiva e apelam aos manifestantes para que optem por protestos pacíficos, permitindo a continuidade do funcionamento de instituições vitais  para população.

Fonte: Jornal Noticias

 

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