Revista Tempo

USO DE BENGALA BRANCA: Gaza capacita deficientes visuais

O EXECUTIVO provincial de Gaza anunciou a criação de oficinas de capacitação de deficientes visuais em matéria de uso de bengala branca, dispositivo que ajuda na mobilidade e orientação das pessoas com cegueira.

O treinamento tem estado a reduzir a dependência em relação a terceiros, revelou terça-feira a directora provincial de Género, Criança e Acção Social, Rosana Muataco.

Muataco, que falou em representação da governadora, por ocasião do Dia Internacional de Bengala Branca, disse que com a criação das oficinas, cujo número não avançou, foram treinadas centenas de pessoas com deficiência.

“As oficinas de capacitação para uso de bengala branca foram fundamentais para treinar os deficientes visuais  em técnicas de mobilidade, orientação  e uso correcto da bengala, fortalecendo a confiança no seu dia-a-dia”, frisou a responsável.

Segundo a fonte, o governo tem estado a investir na educação inclusiva, com a introdução nas escolas públicas, tecnologias para estudantes com deficiência visual, nomeadamente, uso de leitor de telas, material didáctico em braille.

Este investimento, segundo a fonte, tem possibilitado as pessoas com deficiência visual,  ter uma educação de qualidade, acessível e inclusiva, ao lado dos seus colegas.

“Temos estado a divulgar as políticas e prestamos apoio na disponibilização de mais de 50 bengalas brancas, inserção de acima de 300 beneficiários nos programas de assistência do Instituto Nacional de Acção Social”, disse, reconhecendo que ainda há muito por se fazer em prol do bem-estar deste grupo.

Realçou estar em curso actividades de consciencialização da sociedade para não discriminar pessoas com deficiência no acesso ao trabalho, participação política e integração no ensino superior.

A Associação Moçambicana dos Cegos e Amblíopes de Moçambique (ACAMO), reconheceu, por seu turno, o apoio prestado pelo governo, razão pela qual este tipo deficiência deixou de ser vista pelos associados como uma fatalidade.

“E fundamental que as pessoas com deficiência visual acedam a programas de reabilitação e orientação sobre o uso correcto da bengala branca, por forma a garantir autonomia  e segurança  na sua utilização”, defendeu.

A agremiação queixou-se da persistência de barreiras no acesso ao emprego, ensino superior, exclusão nos programas de assistência social, ausência de voto em braille, o que lhes impede de participar, de forma plena, na vida social e económica do país.

Este ano, o dia de bengala branca foi assinalado sob o lema “Valorizar a bengala branca  e promover a mobilidade  e orientação das pessoas com  deficiência visual”.

Fonte: Jornal Noticias

 

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