O dólar americano tem-se consolidado como um activo de refúgio seguro à medida que a guerra no Médio Oriente se intensifica, levando os investidores a procurarem segurança em meio a incertezas geopolíticas. A escalada do conflito entre Israel e grupos militantes na Faixa de Gaza e ataques com mísseis iranianos a alvos israelitas provocaram um aumento da procura por activos de menor risco, como o dólar. Este movimento resultou no maior ganho semanal da moeda americana desde meados de 2024.
As tensões na região do Médio Oriente criaram uma atmosfera de incerteza para os mercados globais, particularmente devido ao impacto potencial na oferta de petróleo. O preço do petróleo registou um aumento de cerca de 3%, reflectindo as preocupações sobre o risco de interrupção na produção e exportação de energia, o que adiciona mais volatilidade ao cenário global.
Activos tradicionais de refúgio, como o franco suíço e o ouro, também registaram valorização, com os investidores a fugir de activos de maior risco, como o euro e o yen japonês. O conflito na região continua a ser monitorizado de perto pelos mercados, com analistas prevendo que, se a situação piorar, o dólar poderá continuar a subir, impulsionado pela maior procura por segurança financeira.
Embora o impacto económico global do conflito ainda não seja totalmente claro, qualquer agravamento nas hostilidades pode prolongar o atual ciclo de alta do dólar, o que também poderá influenciar outros mercados, como o dos títulos do Tesouro dos EUA, que continuam a ser altamente procurados em tempos de crise.
Fonte: O Económico