Depois de 32 anos, a Espanha voltou ao lugar mais alto do pódio em uma Olimpíada. A Fúria aumentou sua grande fase no futebol entre seleções e estragou a festa no Parque dos Príncipes. Em uma decisão eletrizante e repleta de reviravoltas, a Espanha abriu 3 a 1, deixou a vitória escapar nos acréscimos e conquistou a medalha de ouro na prorrogação.
Com uma vitória por 5 a 3 comandada por Fermín López e Camello, a seleção espanhola conquistou o título olímpico em cima da França. Apesar da decepção no feminino, ficando fora do pódio, a Fúria emplacou a medalha de ouro no masculino menos de um mês depois de levantar a Eurocopa.
A França entrou para a decisão olímpica de forma intensa e dominante. Os donos da casa aproveitaram a festa da torcida no Parque dos Príncipes para impor uma pressão desde o início contra a Espanha. Os Bleus sufocaram os rivais espanhois e não tiraram o pé do acelerador até arrancar a abertura do placar.
Aos 11 minutos, Baena afastou mal e a bola ficou viva na ponta da área. Apesar de estar com pouco ângulo, Enzo Millot arriscou forte e contou com a colaboração do goleiro Tenas, que espalmou para dentro do gol, fazendo justiça ao domínio francês.
A Espanha, no entanto, não se deixou abalar com a falha grotesca do seu goleiro e mostrou a maturidade de uma campeã europeia. Embora com pouca produção ofensiva até sofrer o gol, a Fúria cresceu depois da desvantagem e engoliu a defesa francesa com o seu letal ritmo ofensivo.
Cinco minutos depois da abertura de placar, o meio-campo espanhol envolveu a marcação e Alex Baena ajeitou na medida para Fermín López completar nas redes. Após o empate, a Fúria tomou conta da partida e passou a ditar o ritmo de forma vertical e agressiva. Logo após o empate, a joia do Barça voltou a se posicionar no lugar certo, e na hora certa, aproveitando o rebote do goleiro para decretar a virada.
A França sentiu a reviravolta imediata no placar e demorou para digerir os golpes sofridos rapidamente. Sem dar tempo para o adversário respirar, a Espanha continuou eficiente na medida certa e aumentou o drama dos donos da casa. Aos 28, Baena cobrou falta com perfeição, deixou o goleiro Restes apenas observando e mandou no ângulo para assinar o terceiro.
O primeiro tempo eletrizante ainda reservou um tempo para a redenção de Tenas. Nos acréscimos, Mateta recebeu, dentro da pequena área, a chance de descontar o placar e desviou à queima-roupa para um milagre do goleiro espanhol.
Na volta do intervalo, a França conseguiu retomar o ritmo imposto no começo da partida e começou a etapa final pressionando os espanhois. Apostando principalmente na bola aérea, os anfitriões empilharam chances desperdiçadas.
Aos 11, Koné recebeu livre e testou no travessão. Em seguida, Olise parou em mais uma grande defesa de Tenas, enquanto Millot errou o alvo na sua oportunidade de diminuir a diferença.
Ao longo do segundo tempo, a Espanha conseguiu esfriar a blitz francesa e administrar com mais tranquilidade sua vantagem. No entanto, os Bleus usaram a bola parada para incendiar a partida na reta final. Aos 34, Olise cobrou falta venenosa, Akliouche desviou no primeiro poste e mandou nas redes.
O duelo ganhou contornos emocionantes com a vantagem mínima da Fúria e embalou uma pressão final dos franceses. Até que aos 45 minutos, Akliouche foi puxado por Bernabé dentro da área e o árbitro brasileiro Ramon Abatti, com auxílio do VAR, marcou a penalidade. Mateta chamou a responsabilidade, assinou o empate e empurrou a decisão para a prorrogação.
Depois de mais de 90 minutos eletrizantes com domínio intercalado entre as duas seleções, a prorrogação começou novamente equilibrada. A França tentou aproveitar o bom momento e buscou a posse de bola, mas a Espanha outra vez esbanjou maturidade para crescer em uma situação complicada.
A Fúria usou o cansaço adversário para abrir espaços com a sua rápida troca de passes e criar as melhores oportunidades primeiro. Aos dez, Bernabé também se redimiu do seu erro e encontrou assistência na medida para Sergio Camello, com extrema frieza, encobrir o goleiro Restes, devolvendo a vantagem espanhola.
Sem o mesmo fôlego, a França ameaçou uma nova reação, mas esbarrou no limite físico. Com espaço e eficiência, a Espanha achou campo para liquidar o placar no segundo tempo da prorrogação. Camello disparou em contra-ataque, repetiu a finalização por cima do goleiro francês e confirmou o bicampeonato olímpico.
Fonte: OneFootball