O pré-jogo foi marcado por uma violenta briga entre torcedores dos dois clubes em um pedágio, três horas antes do início da partida. Um ônibus foi incendiado, vinte torcedores e oito policiais ficaram feridos durante os confrontos.
Em Villeneuve-d’Ascq, nos arredores de Lille, o jogo foi disputado em um clima quente, mas sem incidentes.
No campo, o clube da capital ergueu o troféu pela décima quinta vez – um recorde ampliado – retomando uma tradição desde o início da era QSI em 2011, pontuada por seis vitórias.
Este sucesso permite ao clube da capital terminar bem o primeiro ano da era Luis Enrique, marcado pelo título de campeão francês, uma eliminação frustrante na semifinal da Champions League, contra o Borussia Dortmund, além de um rompimento consumado com sua estrela Kylian Mbappé.
Mbappé ativo, mas sem marcar
Em seu último jogo pelo PSG, o camisa 7 tentou muito marcar em sua despedida do clube parisiense, após duas atuações decepcionantes contra o Dortmund. Apesar dos esforços, as tentativas foram em vão.
Muito ágil, às vezes nervoso, como mostraram algumas interações com os companheiros de equipe, Mbappé falhou na busca pelo gol, mas não na busca pelo troféu, que ele conquistou pela quarta vez com o Paris.
Foi seu companheiro de ataque Ousmane Dembélé, quem carregou o time. Ele primeiro abriu o placar (22′) com uma cabeçada facilitada por um erro de avaliação do goleiro Lucas Perri, escolhido para começar no lugar de Anthony Lopes. Logo depois, o jogador ofereceu o segundo gol com um cruzamento delicioso para Fabian Ruiz, que marcou de perto em dois tempos (34′).
A vontade do treinador do Lyon, Pierre Sage, que desejava “fazer uma performance melhor defensivamente” do que nas duas goleadas sofridas contra os parisienses no campeonato (4 a 1), não resistiu ao talento dos jogadores da capital.
Além de Dembélé e Mbappé, o ex-jogador do OL, Bradley Barcola, também foi vibrante durante toda a partida, ignorando os intensos apupos vindos da tribuna lionesa e justificando com sua performance sua presença na lista dos Bleus para a Euro.
Lyon contido
A primeira metade foi amplamente favorável ao Paris, a ponto de não reconhecermos o clube adversário tão eficaz na segunda parte da temporada, vencedor de 12 dos seus 17 jogos no campeonato.
Contido, o OL conseguiu reduzir a vantagem graças ao seu zagueiro central irlandês Jake O’Brien (55′) na segunda etapa, aproveitando a notória fraqueza dos parisienses em escanteios.
Os jogadores de Pierre Sage pressionaram durante um quarto de hora sem, contudo, conseguirem igualar o placar. Cada escanteio obtido pelos lioneses fez a torcida parisiense sentir um calafrio. Em contrapartida, a torcida lionesa também tremeu em várias ocasiões, mas nenhum outro gol foi marcado.
O Paris saiu finalmente vitorioso deste duelo entre as duas melhores equipes da França em 2024, despedindo-se com alegria da temporada e de Kylian Mbappé.
Fonte: Besoccer