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Lito Vidigal pede «união» no Feirense: «O clube e a SAD têm grandes divergências»

Lito Vidigal pede «união» no Feirense: «O clube e a SAD têm grandes divergências»

Técnico apela à um «ambiente saudável»; destaca o valor do trabalho como pilar do sucesso da permanência; Jorge Pinto, técnico do Lourosa, emocionado: «Temos água nos olhos»

Após alcançar a permanência na Liga 2, Lito Vidigal fez um balanço da passagem pelo Feirense.

«A chave começa por ter coragem para aceitar um projeto deste tipo. Depois, saber ter discernimento e estofo para aguentar momentos difíceis, mas ter a consciência de que estamos a fazer bem as coisas. Ter a noção de que o trabalho não aparece de um dia para o outro, ser paciente. Às vezes, no futebol, é preciso ter confiança e segurança para continuar a desenvolver o trabalho. Foi mais uma vez um risco muito grande, mas as pessoas que falaram comigo conseguiram-me cativar a aceitar este projeto com alguma dificuldade. A massa adepta foi importante para eu ter aceitado, porque sabia que no momento certo eles iam fazer a diferença e fizeram-nos hoje. Gostaria de que tivesse sido antes, mas a minha mensagem foi sempre a seguinte: ‘vamos sofrer, mas no final, noúltimo jogo, festejaremos juntos’. Parábens à massa adepta, aos jogadores pela atitude que foram tendo. Numa primeira fase, estiveram um pouco reticentes, mas, aos poucos, foram aceitando as nossas ideias. Hoje, foi o culminar de um trabalho de pouco tempo, mas extremamente efetivo», salientou o técnico de 54 anos, aos microfones da Sport TV.

«Desde a minha chegada senti que o Feirense Clube e o Feirense SAD têm grandes divergências e passei sempre a mensagem de união, que consigam encontrar linhas de pensamento comum e que consigam desenvolver um trabalho para um clube, que com um ambiente saudável poderá voltar à Liga em pouco tempo», concluiu Lito Vidigal.

Do lado do Lourosa, Jorge Pinto demonstrou o orgulho na equipa:

«Estamos muitos tristes, queríamos dar uma grande alegria à cidade, mas o nosso adversário foi melhor do que nós, mais competente. Deixámos uma grande imagem da nossa cidade, dos nossos jogadores. Estamos com água nos olhos, demos tudo o que tínhamos e o que não tínhamos, mas não conseguimos. É um momento muito duro para todos nós. A eficácia do Feirense foi brutal, mas o futebol é isto: uns tem de rir, outros chorar e a fava calhou a nós. Todos estes momentos de decisão servem para o crescimento do clube, dos jogadores, da equipa técnica», transmitiu o técnico.

Fonte: A Bola

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