Revista Tempo

Distrito de Malema

Malema é uma vila moçambicana, localizada na província de Nampula, que é sede do distrito do mesmo nome. Situa-se às margens do rio Malema, que lhe empresta o nome. Em 2007, Malema tinha uma população de 20 277 habitantes.6 082

História

A vila tem o seu primórdio no início da ocupação colonial, com o estabelecimento do posto militar de Malema (Entre-Rios) em 1912. Como posto militar português, foi palco de combates entre as forças portuguesas e britânicas aliadas, e as alemães durante a Primeira Guerra Mundial, sendo ocupada por estes últimos em Fevereiro e de novo em Junho de 1918. A reforma de 1921 levou à abolição da estrutura administrativa militar, eliminando os comandos e postos militares e criando, em sua substituição, circunscrições civis. Malema torna-se então sede da sua circunscrição civil.

A povoação foi elevada à categoria de vila em 22 de Julho de 1961, data comemorada como feriado municipal.

Antes da independência nacional, a vila tinha o nome de Entre-Rios, e existe um movimento para restaurar o nome. Este nome deve-se à localização da vila entre o rio Malema e o seu afluente Mutivaze.

A Guerra Civil que assolou o país a partir de 1977 acabou por atingir o distrito em 1984, quando decorreram as primeira acções militares dos guerrilheiros da RENAMO. A vila de Malema foi atacada e ocupada pela RENAMO durante três dias em Fevereiro de 1987 e continuou a ser atacada esporadicamente até Novembro de 1988. No entanto, a relativa segurança da vila foi o refúgio da população rural, tendo sido aí criados centros de acolhimento de deslocados.

Em 2013, a vila foi elevada a município. O município passou a ser governado por um Presidente do Conselho Municipal eleito. Já se realizaram duas eleições autárquicas no município tendo sido eleitos:

Tomada de posse Presidente do Conselho Municipal Partido
2014 Ângelo Fonseca Frelimo
2019 Mário Adriano Muimela Renamo
2024 Nelson Manuel Pedro Frelimo

Transportes

Malema é atravessada pela estrada nacional N13, que liga Nampula a Lichinga; e também pela linha férrea de Nacala a Entre-Lagos, tendo uma estação ferroviária com serviço de passageiros. Ambas infraestruturas são as peças fundamentais do Corredor de Nacala.

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