A Associação Moçambicana de reciclagem, organização fundada em 2009 por ambientalistas e especialistas em reciclagem, lançou, esta terça-feira, na cidade da Beira, um projecto que visa remover mil toneladas de resíduos sólidos costeiros em seis municípios de quatro províncias do país, no período de Janeiro de 2024 a Dezembro de 2025.O projecto “Resiliência aos Resíduos Costeiros em Moçambique” é financiado pelo governo do Reino Unido, em parceria com o ORRAA (Ocean Risk Resilience Action and Alliance) e pretende remover lixo nas praias desses municípios localizados nos municípios de Maputo, Inhambane, Vilankulo, Beira, Pemba e distrito de Palma, gerando rendas às comunidades envolvidas e em parceria com OSC locais.De acordo com Stephane Temperman, director da Associação Moçambicana de Reciclagem, esta é uma resposta às preocupações das populações desses municípios. “Há várias questões ambientais que nos preocupam. Pensar nesse projecto, para nós, é pensar nessas questões”, começou por dizer, no acto do lançamento do projecto, para depois acrescentar que”, de forma concreta, começamos nisso, quando chegou a mim uma inquietação por parte de algumas pessoas, que uma vez pescaram camarões com muito lixo”, disse.Para Stephane Temperman, essa foi uma situação “muito triste”, facto que motivou a criação deste projecto.Por seu turno, Fernando Mavome, em representação do Conselho Municipal da Beira, disse que o projecto ora lançado vai ajudar a materializar os objectivos de muitas autarquias e populações que combatem os resíduos sólidos na zona costeira do país.“É uma boa iniciativa e nós, como município da Beira, estamos preparados para dar a nossa assistência, para que, ao nível da nossa autarquia, este projecto possa ter sucesso”, disse Fernando Mavome.O dirigente autárquico acrescentou que é desejo da autarquia da Beira que o trabalho em conjunto ajude a melhorar o ambiente nas praias. “Que as pessoas estejam mais sensibilizadas em relação a este aspecto, pois uma praia limpa, ou ambiente limpo, é um lugar seguro para todos nós”, acrescentou Mavume.
Fonte:O País