Quando falta menos de um mês para o término do prazo das obras de requalificação da avenida Julius Nyerere, na cidade de Maputo, no terreno e numa extensão de mais de 60 por cento da via, ainda persiste o cenário de buracos e os munícipes mostram-se preocupados. O município, por sua vez, prefere não dar detalhes.A edilidade está a investir acima de 190 milhões de meticais na reabilitação do troço Xiquelene-Magoanine, com cerca de cinco quilómetros de extensão, cuja obra tem conhecido várias interrupções. Faltando três semanas para o término do prazo estipulado pelo Município, o terreno revela uma imagem muito crítica, buracos numa extensão de cerca de 50 por cento do perímetro definido.As difíceis condições de transitabilidade deixam indignados os transportadores, que dizem não entender o motivo da morosidade das obras. “A situação actual da estrada danifica-nos as viaturas, e como vê, mesmo a minha está danificada. Estamos a passar mal quase todos os dias, e a única recomendação que temos ao governo municipal é que requalificam a via o mais rápido possível,”disse Profilio Muhala, Munícípe de Maputo.O ponto mais crítico é entre a zona conhecida como Expresso até ao bairro de Laulane. Para que se tenha uma ideia, na zona da lixeira de hulene, os automobilistas são obrigados a buscar outras alternativas para seguirem com a marcha, na qual, durante o percurso, alguns carros chegam a parar no meio da estrada, complicando o trânsito na hora da ponta.Diante da situação, os usuários da via têm um pedido à edilidade chefiada por Rasaque Manhique. “Não há outra opção por aqui se não cumprirmos, temos que fechar a receita do patrão, mas a estrada deixa muito a desejar. Acho que o Município apressa-se com as sombras de requalificação que, por sinal, só compreenderam um curto troço. A actual situação provoca fortes danos mecânicos nas viaturas, não entendemos o porquê de estarem a fazer em metades”.O jornal O País contactou o Conselho Municipal da Cidade de Maputo para apurar os detalhes sobre as obras, mas ainda não se mostrou disponível.
Fonte:O País