O Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, diz que todas as metas do Plano Quinquenal do seu sector composto por 11 indicadores foram alcançadas, nos últimos cinco anos, apesar dos desafios como a segurança, eventos climáticos e choques financeiros terem constituído barreiras para o sector.Apesar de reconhecer o alcance das metas estabelecidas e de outros desafios que não faziam parte do Plano Quinquenal, Correia disse que o maior desafio é a produção de leite, que desde o ponto de partida, há cinco anos, já se mostrava um “calcanhar de Aquiles”.“Apesar de, nalguns momento , termos registado crescimento tínhamos regiões do país que produziam leite, nomeadamente Sofala e Manica e a nossa capacidade de atrair investimentos para este sector e concorrer com mercados mais evoluídos de importação pode ter sido um dos factores mais determinantes para não termos tido o mesmo crescimento que tivemos noutros produtos e culturas do sector”, apontou o ministro.Celso Correia falava diante de 300 dirigentes do sector da agricultura, de todo país e parceiros de cooperação, na abertura da Reunião Nacional de Planificação, cujo objectivo é durante três dias avaliar o desempenho da área nos últimos cinco anos.Lá o ministro disse que apesar dos grandes avanços e do cumprimento do Plano Quinquenal, as ambições tanto do sector, quanto do país e estado estão longe de ser cumpridas, devido aos desafios existentes, desde infra-estruturas e a capacitação dos agricultores.É, por isso, que no evento onde não só tem como objectivo fazer balanço, mas também perspectivar os próximos cinco anos, Correia disse haver necessidade de se fazer uma avaliação “correcta” dos progressos e ritmo em que se estão a alcançar tais progressos, sem deixar de lado os factores demográficos.“Uma das maiores pressões que nós temos, tanto na segurança alimentar, quanto na produção nacional é o factor demográfico que vai determinar, também, a eficiência e a eficácia da intervenção pública no sector agrário, portanto não se esqueçam deste factor” , apelou, o dirigente explicando que “há vezes em que se pode determinar crescimento agrícola porque as famílias estão a aumentar e praticam agricultura de sequeiro e esta não é uma análise correcta”.Celso Correia, falou, também, sobre a situação dos extensionais, concretamente das irregularidades no recebimento de salários e reconheceu que isto tem afectado o desempenho do sector, tendo apontado as adversidades que as contas públicas tem tido nos últimos anos, por conta da Tabela Salarial Única como a origem dos problemas, mas garantiu que o seu sector juntamente com os outros está de tudo a fazer para garantir a regularização do problema.O Ministro que dirigia a cerimônia de abertura da Reunião Nacional de Planificação disse haver necessidade de se encontrar caminhos para que a actividade agrícola possa ser sustentável, não só financeira, economicamente, mas também humanamente como forma criar melhores condições para os agricultores.
Fonte:O País