Revista Tempo

LAM almeja crescimento de 19% em 2024 mesmo com desafios operacionais

 

No primeiro semestre de 2024, a empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) registou uma receita de 3,7 mil milhões de meticais, o que corresponde aproximadamente a US$ 56 milhões. Embora esse valor esteja abaixo das expectativas iniciais da empresa, a LAM prevê um crescimento de 19% na facturação anual se o desempenho do segundo semestre for equivalente ao primeiro. Esse aumento potencial reflecte uma recuperação gradual, apesar dos desafios significativos enfrentados pela companhia.

No período em análise, a LAM transportou 330 mil passageiros em suas rotas domésticas, regionais e intercontinentais, um número que também não atingiu as projecções internas de 500 mil passageiros. Este desempenho sugere que, embora a demanda pelos serviços da LAM esteja presente, a empresa enfrenta dificuldades operacionais que impedem uma plena capitalização dessa demanda.

No entanto, a LAM conseguiu superar suas projecções no serviço doméstico, o que indica que sua estratégia e infraestrutura para voos internos podem estar melhor alinhadas com as necessidades do mercado. Este sucesso parcial no mercado doméstico pode ser um sinal positivo, sugerindo que a empresa possui uma base sólida a partir da qual pode buscar melhorar suas operações em outros mercados.

 

Expansão da frota e optimização de rotas

Para enfrentar os desafios e atender à demanda crescente, a LAM planea expandir sua frota, adquirindo quatro novas aeronaves até o final do ano, incluindo dois Boeing 137 e dois Embraer 145. Esta expansão é estratégica, pois visa reforçar tanto as rotas domésticas quanto as regionais, áreas onde a LAM já tem uma presença estabelecida, mas que necessitam de maior capacidade para optimizar o serviço e melhorar a competitividade.

Adicionalmente, a empresa mantém a rota intercontinental Maputo-Lisboa, uma operação que, segundo o Presidente do Conselho de Administração da LAM, Américo Muchanga, precisa ser sustentável para gerar lucro operacional. A manutenção desta rota indica um foco em assegurar que os voos de longa distância sejam viáveis economicamente, uma decisão crítica em um contexto de reestruturação.

Fonte: O Económico

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