Revista Tempo

Guiné-Bissau: Nyusi diz que convulsões sociais são normais em processos de mudanças

O Presidente da República diz que a crise política que se vive na Guiné-Bissau é normal para um país em reforma política, económica e social e que nenhum país está isento dela. Filipe Nyusi falava durante um banquete oferecido ao seu homólogo da Guiné-Bissau, na última quarta-feira.Foi durante o banquete que o Presidente da República de Moçambique ofereceu ao seu homólogo da Guiné-Bissau, que visita pela primeira vez o nosso país, que Filipe Nyusi defendeu que nenhum país em transformação política está isento de convulsões sociais.“Nenhum processo de reforma política, consolidação democrática e modernização económica está isento de dificuldades e obstáculos. Moçambique e os moçambicanos são os primeiros a saber, porque já vivenciaram essa experiência. Os processos democráticos nunca são intermináveis, requerem sempre o seu aperfeiçoamento, e nós encorajamos o povo a caminhar sempre junto”, disse Filipe Nyusi.No entanto, Nyusi apelou ao seu homólogo para se inspirar em alguns processos democráticos em Moçambique.“Fiquei satisfeito ao ouvir o Sr. Presidente, que no Parlamento fará como um ‘papo’ para explicar os processos da democracia, incluindo o Parlamento. Este aqui é o nosso objetivo, o contacto e a comunicação para juntos partilharmos as experiências e ver aquilo que se pode fazer melhor ou ainda corrigir.”Sobre a fraca cooperação económica entre os dois países, Nyusi quer que se saia do papel à prática, sobretudo no capítulo da paz.“A iniciar pela consolidação da paz e da democracia, capacitação institucional e reforma no sector da defesa e segurança, será motivo de grande satisfação testemunharmos, a breve trecho, os resultados positivos dos nossos esforços conjuntos, que poderão reflectir-se no crescimento das nossas economias e, consequentemente, na melhoria das condições de vida dos nossos cidadãos.”Visivelmente satisfeito com a visita, o chefe de Estado guineense diz que está ciente dos desafios de governação, mas conta com o país para ultrapassá-los.“Aguardo esta visita do Estado com as melhores expectativas e acredito que dela vai resultar a nossa determinação comum de reforçar os laços de cooperação entre a Guiné-Bissau e Moçambique. O desafio que temos pela frente é promover e intensificar o intercâmbio entre a Guiné-Bissau e Moçambique, nos domínios empresarial, cultural, académico e desportivo, e é essa expectativa que importa concretizar”, disse o presidente.Na mesma ocasião, Embaló convidou o seu homólogo a visitar oficialmente a Guiné-Bissau, como confirmação da sua parceria..

Fonte:O País

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