O petróleo ampliou as perdas para uma nova mínima de sete meses, já que uma liquidação em mercados financeiros mais amplos continuou a pressionar os preços.
Os futuros do Brent caíram para US$ 75 o barril — apagando os ganhos deste ano — e atingiram o menor nível desde Janeiro. O West Texas Intermediate caiu abaixo de US$ 72. Uma derrocada nas acções globais piorou na segunda-feira devido a preocupações com a perspectiva econômica.
O declínio pesou sobre um mercado de petróleo que já sinalizava preocupação com a saúde da demanda na China, o maior importador de petróleo bruto.
Especuladores aumentaram a queda, com gestores de dinheiro cortando apostas otimistas no benchmark global Brent pela maior parte desde 2022 na semana passada. Eles também têm as menores apostas no aumento dos preços da gasolina desde 2017.
O petróleo registoou quatro semanas de declínios em sinais de demanda vacilante nos EUA e na China, com a nação asiática a lançar planos para estimular o consumo doméstico no fim de semana. Os cortes de fornecimento da OPEP+ e as preocupações de que o conflito no Oriente Médio poderia impactar a produção da região deram suporte aos preços.
“Os mercados de acções globais ainda estão sob forte pressão descendente, o que pode significar que o risco de curto prazo é de novas quedas de preço”, disse à Agência Reuters, Arne Lohmann Rasmussen, Chefe de Pesquisa da A/S Global Risk Management. “O tema central para o mercado de petróleo é o medo de que a economia americana esteja a desacelerar seriamente e possa até mesmo estar a caminhar para uma recessão.”
Em outro lugar, a Arábia Saudita aumentou o preço de seu petróleo bruto principal para a Ásia pela primeira vez em três meses, um sinal provisório de que o reino continua confiante sobre a demanda na região. Ela fez cortes significativos para a Europa e os EUA, com os preços do primeiro sendo os mais reduzidos desde a pandemia.
Ainda assim, o mercado está a prepararar-se para um possível ataque do Irão e milícias regionais contra Israel em retaliação aos assassinatos de oficiais do Hezbollah e do Hamas. Os EUA enviaram reforços defensivos para a região.
Fonte: O Económico