Revista Tempo

Financiadores indicam soluções de investimento para o agronegócio 

O BCI voltou a participar num painel na MOZGROW. Neste último dia do evento, o banco apresentou aos participantes “Soluções de financiamento e investimento ao agronegócio sustentável”, igualmente, tema proposto ao debate.Através do seu representante, José Sousa Pinto, Agrodesk BCI, o banco fez saber que a agricultura tem importância como negócio, e, por isso mesmo, definiram actividades que deve ser apoiada, da projecção até ao desenvolvimento.Com 210 agências em todo o país, José Sousa Pinto garantiu, na Arena 3D, na Catembe, Cidade de Maputo, que o banco está em posição de prestar serviços de qualidade e ajudar operadores da área agrícola a crescer. “Somos um banco comercial e, como tal, apoiamos todas as iniciativas viáveis dos jovens. Nessa circunstância, avaliamos os projectos caso a caso, porque cada projecto tem as suas particularidades”.Pensando no financiamento e investimento em geral, o BCI tem ajudado e aconselhado, segundo o seu representante, aos clientes em conversas nas agências, para que, assim, se organizem e tenham acesso ao crédito que pretendem. Nesse sentido, as questões de âmbito técnico, económico, social e ambiental são todas importantes.O financiamento para o sector agrícola, no BCI, pode ir até 25 milhões de meticais, com taxa de juros de 17.3%. O BCi possui linhas de financiamento para produção do caju, para juventude que se encontra no início da carreira, podendo, por isso, aceder até 250 mil meticais.Nestes dias, disse José Sousa Pinto, o banco procura parcerias com empresas, com instituições governamentais e ONG, de modo que seja possível garantir-se o tão esperado acesso a taxas de juros baixos.Segundo Sousa Pinto, um dos problemas da agricultura tem a ver com a quantidade de clientes que têm problemas na formulação dos processos que incluem questões de contabilidade, plano elucidativos de negócios.Outro Painelista da sessão foi Apogeu Siniquinha. Respondendo à questão colocada no tema, o representante da Conecta Negócios disse que o que a sua instituição procura fazer é despertar no sector privado oportunidades de se poder alavancar negócio. E ainda referiu que têm financiamentos para empresas que têm conexão ou actuado com os mega projectos.Não obstante essa atenção com os megas projectos, todavia, a Conecta Negócios também possui iniciativas viradas para as Pequenas e Médias Empresas (PME). Por exemplo, transmissão de instrumentos, conhecimento e certificação. “Nós olhamos negócios de pequena escala que podem se tornar grandes empresas”, disse Apogeu Siniquinha.O representante da Conecta Negócios disse que não é possível financiar empresas não organizadas. As que têm dificuldades, são convidadas a aproximar-se à Conecta Negócios, que pode ajudar.Já a terminar, e porque algumas perguntas do auditório visaram o assunto das taxas de juros, Siquinha defendeu que a resolução dos constrangimentos inerentes às taxas constituem uma responsabilidade em cadeia. Logo, a Conecta Negócios pretende disponibilizar fundos para banca poder baixar as taxas de juros.Numa visão mais específica, Siquinha criticou o facto de, num país em que, 80% da população pratica a agricultura, as taxas de juros a serem elevadas neste sector. Com isso, o orador defendeu a necessidade de as taxas situarem-se abaixo dos 10%.O último interveniente do painel foi Salvador Janeiro, representante da Agência do Zambeze, defendendo que estão interessados nos projetos  dos jovens que pretendem investir no agronegócio e nos que estão activos. Entretanto, sublinhou, para cada projecto, existem abordagens diferenciadas, que vão de acordo com as necessidades.A Agência do Zambeze possui treinamento em boas práticas, para que os jovens possam ter maior produtividade. E porque boa parte das pessoas  pratica uma agricultura familiar, a instituição entende e defende a tese de que o crescimento e a produtividade dependem de novas tecnologias, que são um dos grandes desafios.Salvador Janeiro defendeu, ainda, a necessidade de se incentivar os jovens para a agricultura, de modo que acreditem no sector, com acompanhamento na fase de concepção, desenvolvimento e implementação.  

Fonte:O País

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