Revista Tempo

El Niño afecta níveis de encaixe de água da HCB

Reduziu o nível de armazenamento de água da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) no fim do primeiro semestre deste ano. A situação é influenciada pelo fenómeno El Niño.De acordo com um comunicado da empresa, a 30 de Junho, a barragem apresentava uma cota de 316,98 metros, correspondente a 59,2% do armazenamento útil da albufeira.“Este nível de armazenamento é significativamente baixo para este período. É influenciado por fracas afluências, devido ao fenómeno El Niño, caracterizado por precipitação abaixo do normal sobre a região”, lê-se num comunicado de imprensa da hidroeléctrica.Como forma de precaução devido ao contexto, a HCB diz ter iniciado, em Junho último, a implementação de um plano cauteloso de gestão hidroenergética da albufeira e das infra-estruturas conexas “a fim de equilibrar as necessidades de produção versus a disponibilidade hídrica, de modo a minimizar o desvio negativo em relação à produção anual planificada”, garante a empresa produtora de energia.Embora exista esse constrangimento, a empresa conseguiu produzir cerca de 8396,38 GW/h, tendo ultrapassado, assim, a meta definida para o período em 3,44%.“A produção do primeiro semestre representa um incremento de 4,7% se comparado com o mesmo período de 2023, cifra alcançada muito por conta da gestão cautelosa do empreendimento”, refere a firma na nota de imprensa.De acordo com Tomás Matola, Presidente do Conselho de Administração da HCB, a empresa continuará a acompanhar as previsões meteorológicas de longo prazo, a evolução da situação hidroclimatológica da bacia do Zambeze e as actualizações dos planos de exploração das “barragens de montante”, de modo a permitir que, em tempo útil, possa realizar ajustamentos.Na semana passada, o Presidente do Conselho de Administração da HCB disse que, até ao fim do ano, a produção planificada não será afectada, mas alertou: “Se o fenómeno prevalecer, ou seja, se não chover de Outubro a Dezembro, primeiro trimestre do ano hidrológico, aí a produção do próximo ano vai ficar severamente afectada.”

Fonte:O País

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