Revista Tempo

GERGELIM EM LUABO: Falta de compradores desespera produtores

PRODUTORES de gergelim no distrito de Luabo, na província da Zambézia, estão a enfrentar sérias dificuldades para colocar a sua produção nos principais mercados de comercialização, o que poderá concorrer para a perda dos investimentos feitos no amanho da terra e assistência fitossanitária.

Entretanto, o Governo distrital reconhece a situação de intransitabilidade das vias de acesso para os campos de produção e centros de comercialização desta oleaginosa.

Juliasse Piter, produtor de gergelim no povoado de Caoxe, disse, quando abordado pela nossa Reportagem, que, este ano, aumentou a área de produção de um hectare para dois e meio atraído pelos melhores preços da campanha passada.

Contudo, a fonte diz que agora está a enfrentar dificuldades para comercializar a sua produção devido à falta de compradores.

Salientou que os comerciantes bengales que normalmente adquirem o produto justificam o seu fraco envolvimento na comercialização, este ano, com o mau estado das estradas.

Indicou que, para além da estrada Luabo-Mopeia, com mais de setenta quilómetros, os troços para os campos de produção ou armazéns comunitários estão em péssimas condições devido à falta de reabilitação ou manutenção periódica.

Os associados da Tire Pabodzi também queixaram-se da falta de compradores, os quais estão localizados nos distritos de Mopeia e Morrumbala.

O presidente da Associação, Jacinto Carlos, acredita que se houvesse uma intervenção nas estradas os produtores poderiam ganhar muito dinheiro porque o preço de referência estipulado em noventa meticais por quilograma é bastante encorajador.

Dados em nosso poder indicam que mais de três mil e seiscentas toneladas de gergelim em poder dos produtores de Luabo, na província da Zambézia, correm sérios risco de se deteriorarem devido à degradação acentuada do troço Luabo-Mopeia.

Como alternativa, os produtores estão a comercializar esta oleaginosa a preço de bagatela por forma a recuperar parte dos investimentos feitos, mas, mesmo assim, não compensa o esforço feito durante a campanha agrícola. O director distrital das Actividades Económicas em Luabo, Oliveira Júlio, disse ao “Notícias” que, além da estrada principal Luabo-Mopeia, os troços que dão acesso aos principais centros de produção agrícola estão numa situação deplorável porque não reabilitadoa nem é feita manutenção periódica.

Fonte: Jornal Noticias

 

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