FMI aprova desembolso imediato de US$ 60 milhões a Moçambique

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O Fundo Monetário Internacional (FMI) acaba de aprovar o desembolso imediato de uma parcela de 60 milhões de dólares para Moçambique, utilizáveis para apoio orçamental, elevando os desembolsos totais a Moçambique a 330,14 milhões de dólares. O Conselho Executivo concluiu o processo de consulta regular com Moçambique relativo a 2024, o que permitiu o desembolso do valor.

O financiamento faz parte do Instrumento de Crédito Ampliado (ECF) do FMI, que visa apoiar os esforços de reforma económica do país e promover a estabilidade macroeconómica e o crescimento sustentável.

“O acordo ECF de três anos visa apoiar a recuperação económica de Moçambique e reduzir a dívida pública e as vulnerabilidades de financiamento, promovendo ao mesmo tempo um crescimento mais elevado e mais inclusivo através de reformas estruturais”, explica o comunicado do FMI.

Moçambique, uma nação com uma população de aproximadamente 30 milhões de pessoas, tem enfrentado diversos desafios económicos nos últimos anos, incluindo a pandemia de COVID-19, desastres naturais e conflitos armados na região norte. Estas crises têm exacerbado as vulnerabilidades económicas do país, tornando a assistência internacional vital para a sua recuperação.

Em 2022, Moçambique registou uma taxa de crescimento do PIB de aproximadamente 2.5%, uma recuperação modesta após a contracção económica de 2020. No entanto, o país continua a enfrentar altos níveis de pobreza, desemprego e dívida pública. A aprovação do desembolso pelo FMI é vista como um passo crucial para mitigar esses desafios e fornecer um alívio financeiro necessário.

Os fundos desembolsados pelo FMI serão utilizados para diversos propósitos, incluindo, apoiar a política monetária e fiscal do país para garantir a estabilidade económica, implementar reformas no sector público e financeiro para melhorar a eficiência e a transparência, fortalecer a capacidade do país de responder a desastres naturais, que têm sido frequentes e devastadores, incentivar políticas que promovam o crescimento económico inclusivo e a redução da pobreza.

A Directora-Geral do FMI, Kristalina Georgieva, citada pela “LUSA” reconheceu em Abril o bom desempenho da economia moçambicana, depois de receber, em Washington, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi.

“Nós temos um programa activo com Moçambique e estou agradecida por ver que a situação fiscal do país reforçou-se, o crescimento está em alta e a inflação em baixa, as reservas estão fortes”, apontou.

Kristalina Georgieva, enfatizou a importância destas reformas para garantir que os recursos sejam utilizados de maneira eficaz e sustentável. “A implementação das reformas acordadas será crucial para o sucesso do programa e para garantir que Moçambique possa alcançar um crescimento económico robusto e inclusivo”, afirmou Georgieva.

O desembolso do FMI é esperado para ter um impacto positivo significativo na economia de Moçambique. A expectativa é que a injecção da quantia anunciada ajude a aliviar a pressão sobre as finanças públicas, libertando espaço fiscal para investimento em outras áreas permitindo que o governo invista em outras áreas. 

Com a assistência do FMI e o compromisso com as reformas, Moçambique tem o potencial de retornar a um caminho de crescimento sustentável. No entanto, a execução eficaz das reformas será fundamental para alcançar os objectivos de longo prazo do país.

Uma interpretação deste evento, a aprovação do desembolso imediato de 60 milhões de dólares pelo FMI, é que este representa um passo importante para Moçambique em sua busca por estabilidade económica e crescimento sustentável. Perito têm sido unânimes em indicar que, com o apoio internacional e um compromisso firme com as reformas, Moçambique está em uma posição melhor para enfrentar os desafios económicos e construir um futuro mais próspero para seus cidadãos.

Numa outra perspectiva, a parceria contínua entre Moçambique e o FMI demonstra a importância da cooperação internacional no fortalecimento das economias em desenvolvimento e na promoção da estabilidade global. À medida que o País implementa as reformas necessárias e utiliza os recursos de maneira eficaz, há uma esperança renovada de que Moçambique possa superar suas dificuldades e alcançar um crescimento económico duradouro e inclusivo.

Fonte: O Económico

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