Os Estados Unidos da América entendem que a inclusão de técnicos e agentes de trânsito reformados na definição de políticas e construção de estradas pode garantir maior qualidade das vias e reduzir acidentes, dada a experiência que possuem. São ideias partilhadas na Conferência Africana sobre Tecnologias dos Transportes, que decorre na Cidade de Maputo.Responsáveis das áreas de estradas e transporte de Moçambique, África do Sul e Estados Unidos da América estiveram num frente-a-frente, na Conferência Africana sobre Transferência de Tecnologias dos Transportes, a debater soluções para a qualidade de vias de acesso e redução de acidentes de viação.Na partilha da sua experiência, a Administração de Estradas Federais dos EUA disse estar a usar conhecimentos do passado para resolver problemas actuais, envolvendo técnicos e agentes reguladores de trânsito reformados.“Incluímos regularmente a força policial. Além disso, contratei um agente da Polícia reformado para trabalhar comigo e com a minha equipa durante muitos anos. O que fizemos, com o tempo, foi percorrer os Estados Unidos, reunindo-nos com polícias de todo o país e ensinando-lhes as contramedidas de engenharia”, conta Patrick Hasson, quadro da Administração de Estradas Federais Norte-Americanas.Além da preservação das vias, segundo Patrick Hasson, do Centro Norte-Americano de Recursos de Administração Federal de Estradas, com a adopção desta medida, reduzem-se também os acidentes de viação.“Com ou sem dados sobre acidentes, podemos olhar para as nossas estradas e compreender como foram executadas, porque temos hoje um conhecimento tão grande em comparação com há 25 anos. Sabemos muito mais sobre as infra-estruturas rodoviárias e a forma como contribuem para os acidentes, pelo que podemos ir para as estradas, analisar essas características, compreender onde os riscos são elevados e resolver o problema”, adverte o representante americano.Já da África do Sul, Simphiwe Nene, do Departamento de Transporte em Kwazulu-Natal, disse que o seu país tem reservado cinco por cento do orçamento anual para a segurança rodoviária. “A proposta vem acompanhada de uma condição que diz que temos de reservar 5% dos orçamentos para tratar apenas de questões de segurança rodoviária. Depois, temos de fazer uma avaliação e apreciação da segurança rodoviária.”A IX Conferência Africana de Transferência de Tecnologia dos Transportes junta dirigentes e técnicos na área. O evento termina esta sexta-feira.
Fonte:O País