O país passará a ter mais capacidade de internet e aceleração da conectividade, através do cabo submarino lançado pela Vodacom Moçambique, há cerca de duas semanas. A informação foi partilhada por Marco Marques, assistente de operações submarinas na Vodacom Moçambique, que falava no Tech Talks da 11ª edição da Moztech, maior feira de tecnologias no país, organizada pelo Grupo Soico.Trata-se de uma tecnologia do consórcio 2Africa, composta por oito empresas, nomeadamente China Mobile International, Meta (Facebook), MTN GlobalConnect, Orange, center3 (stc), Telecom Egypt, Vodafone/Vodacom e WIOCC, através da qual os fornecedores de serviços poderão obter capacidade numa base justa e equitativa, encorajando e apoiando o desenvolvimento de um ecossistema saudável nos serviços de Internet.“Nós activámos essa capacidade e, certamente, vai ajudar na transformação digital. Moçambique passa a ter mais capacidade de internet, mais ligações para o mundo e vai, certamente, com os investimentos que estão a ser feitos, atrair grandes empresas multinacionais para o país”, disse Marco Marques, assistente de operações submarinas na Vodacom Moçambique.Em um mês e meio, a Vodacom vai, igualmente, lançar um novo centro de dados, com cerca de oitocentos racks disponíveis para o uso no mercado.“Vai ser construído em fases. Nesta inicial, terá cerca de duzentos racks e estará disponível para o uso no mercado”, disse Marques.E porque o espaço é propício para falar de tecnologias, a MCNet fez também o lançamento de um data center XCLOUD, uma iniciativa inclusiva comprometida com a transformação digital, que pretende ser rápida, optimizada e acessível.“Estamos a criar uma infra-estrutura que vai permitir que o académico, a pequena empresa, possam ir para lá e fazer o seus trabalhos com recursos à medida, pagando somente pela sua necessidade no exacto momento”, avançou o director de operações da MCNet, Ricardo Taca.No mesmo evento, a PHC lançou o seu primeiro Software de inteligência artificial para gestão. A Cris é a nova aposta para a gestão eficiente nas empresas.“Quando nós conseguimos juntar a inteligência artificial e o sistema integrado de gestão empresarial, temos um resultado que é a excelência, que para nós tem nome: é inteligência artificial que está dentro do PHC, que nos ajuda nas nossas tarefas do dia-a-dia. Funciona como um chat Gpt”, explicou Victor Cau, representante da PHC.As estatísticas indicam que, até 2030, a juventude africana vai representar 42% da população mundial, e que uma pessoa em cada cinco poderá estar em África Subsariana, daí a necessidade de Moçambique se preparar para responder à demanda da tecnologia no ecossistema digital.
Fonte:O País