Revista Tempo

Vendedores recorrem a fundos próprios para reconstruir bancas após incêndio em Massinga

Duas semanas depois do incêndio que destruiu mais de 200 bancas na vila de Massinga, na província de Inhambane, os vendedores tentam “reerguer-se das cinzas”. Muitos dos vendedores, que já estavam endividados, terão de recorrer a novos empréstimos para recomeçar o negócio.Seja com uma pá, um martelo ou qualquer outro instrumento, os vendedores do Mercado da Massinga procuram colocar “mãos à obra” para, cada um do seu jeito, reconstruírem as suas bancas, onde vendem produtos para o seu sustento.São homens e mulheres que, há cerca de duas semanas, viram um incêndio destruir mais de 200 bancas, situação que coloca em causa a sua sobrevivência. “Perdemos muita coisa como roupas e outros bens, mas grande parte deles foram levados por ladrões. O nosso negócio caiu”, lamentou Nélia Matsinhe, vendedeira no Mercado de Massinga.Com um ar de desgaste e enorme preocupação, Xavier Malate  deu voz aos seus colegas, queixando-se do facto de terem sido obrigados a recorrer a empréstimos de dinheiro para investir num negócio que, agora, ficou reduzido a cinzas.“Muitos demoraram chegar até aqui. Isto porque estávamos em casa e, de repente, ligaram-nos a contar o que estava a acontecer”, notou.Por sua vez, Yolanda Domingos disse que “muitos estão a dever porque pediram emprestado dinheiro e investiram no négocio”. Infelizmente, acrescentou, “já não há nada.”Face a esta situação, e perante um cenário de incertezas, os vendedores tiveram ainda que pedir ajuda do Conselho Municipal da Massinga. “O Município da Massinga ajudou-nos com chapas de zinco e outro material que usamos na reconstrução”, explicou Yolanda Domingos.Presume-se que um curto-circuito tenha originado o incêndio, sendo que, até o momento, não são oficialmente conhecidas as causas do mesmo.

Fonte:O País

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