O jogador de futebol Daniel Alves ainda não conseguiu depositar a fiança de um milhão de euros que lhe foi imposta pelo Tribunal de Barcelona, para que sua liberdade condicional fosse deferida.
De acordo com fontes jurídicas informadas pela ‘EFE’, a defesa de Alves – condenado em primeira instância a 4 anos e meio de prisão por estupro de uma jovem, não conseguiu depositar a quantia de um milhão de euros de fiança, nesta sexta-feira, mesmo tendo pedido uma prorrogação de uma hora. Diante disso, o ex-jogador continuará na prisão de Brians 2 durante todo o fim de semana, já que o escritório responsável por esse tipo de depósito só reabre na segunda-feira.
Foi cogitado que o pai de Neymar fosse depositar o valor em nome do ex-jogador, o que foi desmentido pelo próprio patriarca. Ele explicou que apesar de ter fornecido ajuda a Daniel num primeiro momento, após a condenação, a situação ganhava um quadro distinto. Por fim, desejou que Alves encontrasse em seus próprios familiares, as respostas que buscava.
A justiça espanhola decidiu na última quarta-feira, permitir que Daniel saísse da prisão sob o pagamento de uma fiança de um milhão de euros, além da obrigação de entregar seus dois passaportes – espanhol e brasileiro, não sair da Espanha e comparecer semanalmente ao tribunal.
Foi concedida também, uma medida protetiva à vítima, proibindo o jogador de estar a menos de 1.000 metros da residência da vítima, do trabalho dela ou de qualquer outro local que ela possa frequentar. Além disso, Daniel foi proibido estabelecer qualquer tipo de comunicação com a jovem.
Após receber a decisão, a defesa do jogador brasileiro tentou reunir o valor exigido pelo tribunal, para que uma nova ordem fosse emitida, concedendo a liberdade condicional.
Contudo, o condenado está encontrando mais dificuldades para reunir a fiança do que esperava. Tanto as gestões realizadas em seu ciclo familiar quanto as feitas junto a entidades financeiras, têm sido pouco frutíferas, até o momento.
Além do alto valor da fiança imposta, uma das mais altas em tribunais espanhóis, e da complexidade dos trâmites para movimentar tal quantia em dinheiro, há um terceiro fator: o dano reputacional que pode ser acarretado a quem decida apoiar financeiramente um condenado por estupro.
Durante todo o processo, a defesa do jogador brasileiro argumentou que a solvência econômica de Daniel, evaporou-se após sua prisão, tendo sido rescindido tanto seu contrato com o clube Pumas do México – onde jogava, quanto seus acordos de patrocínio com diferentes marcas que representava.
No entanto, o jogador, casado com a modelo Joana Sanz, possui uma casa em Esplugues de Llobregat (Barcelona), adquirida por 5 milhões de euros, que poderia ser usada para garantir o valor exigido pela justiça, para sair da prisão. Contudo, um empréstimo pendente está dificultando a venda.
Além disso, o ex-jogador possui uma exorbitante quantia a receber da Agência Tributária Espanhola, mas que ainda não foi depositada em suas contas bancárias, pela Receita Federal do país.
Alves está em prisão preventiva há 14 meses, desde 20 de janeiro de 2023, por estuprar uma jovem nos banheiros da área VIP da discoteca Sutton, em Barcelona. A violência sexual ocorreu na madrugada de 30 de dezembro de 2022. A justiça espanhola condenou Daniel, em primeira instância, a quatro anos e meio de prisão.
Fonte: Besoccer