Nesta quinta-feira, o secretário-geral da ONU prestou homenagem aos 188 funcionários que foram mortos em serviço no ano passado.
Entre eles, estavam 135 homens e mulheres que trabalhavam para a Agência da ONU para Refugiados Palestinos, Unrwa, em Gaza, representando o maior número de funcionários da organização mortos em um único conflito ou desastre natural.
Funcionários da Unrwa
Em seu discurso durante a cerimônia anual para prestar homenagem aos falecidos, realizada na sede da ONU em Nova Iorque, António Guterres destacou que alguns dos funcionários foram atingidos pelos bombardeiros no enclave dentro de suas casas e ao lado de seus familiares. Outros, trabalhavam em escritórios e abrigos da Unrwa.
Segundo o chefe das Nações Unidas, a organização buscou o consentimento dos familiares para a inclusão de todos os nomes no memorial. No entanto, muitos não foram encontrados porque também foram mortos ou foram forçados a deixar suas casas pelas operações militares israelenses.
Guterres destacou sua tristeza pois “apesar dos nossos melhores esforços”, não foi possível proteger a equipe em Gaza. O secretário-geral também destacou a diversidade dos funcionários que perderam a vida e a importância dos valores das Nações Unidas.
De acordo com ele, os funcionários da ONU que foram mortos em 2023 eram de um total de 37 países e 18 diferentes escritórios. “Eram militares, policiais e civis. Eles eram a personificação de nações unidas. Eles eram o multilateralismo em ação. E fizeram o sacrifício final por essa causa”, afirmou.
Mundo dividido
Para Guterres, em um mundo dividido, os valores das Nações Unidas são mais importantes do que nunca. Ele avalia que à medida que os conflitos proliferam e os países dedicam mais recursos a armas, a organização segue defendendo a paz por meio da diplomacia e do diálogo.
O secretário-geral adicionou que enquanto o ódio e a discriminação aumentam, a ONU defende os direitos humanos, a dignidade de cada pessoa e o desenvolvimento sustentável e inclusivo.
Após um momento de silêncio, ele concluiu com um agradecimento e afirmou que será prestado apoio aos familiares sobreviventes das vítimas. Segundo Guterres, os padrões de segurança serão revisados continuamente e melhorados os padrões de segurança e suas memórias serão mantidas vivas.
Fonte: ONU