Revista Tempo

Vendedores informais só vão para os mercados assim que condições estiverem criadas

Já lá se vão seis mandatos que o comércio informal na Cidade de Maputo é um ponto de discórdia entre as autoridades e os vendedores, mas, agora, parece que o novo edil, Razaque Manhique, trata do assunto de maneira empática, defendendo que só será possível a saída das ruas para os mercados quando as devidas condições forem criadas.Um ponto de referência que foi o pico da discórdia deu-se em Março de 2020, quando o Conselho Municipal de Maputo, dirigido, na altura, por Eneas Comiche, iniciou uma acção de retirada de vendedores informais dos locais considerados impróprios para o comércio, uma filosofia de trabalho que não é opção para Razaque Manhique.Reconhecendo a existência de mercados abandonados na cidade que dirige, Manhique explicou que a sensibilização é feita de atitudes. “Temos de acelerar os passos, temos de ter recursos, temos de criar condições para que as pessoas estejam lá no lugar, e há-de ver que, se nós conseguirmos criar estas condições e tirarmos as pessoas de lá, todas as pessoas vão perceber que há um lugar onde se desenvolve o comércio informal”.Ainda em torno dos problemas da Cidade de Maputo, Razaque Manhique soube, através do canal de televisão STV, que as principais praças públicas e monumentos na capital do país estão em péssimo estado de conservação e promete acções para repor a imagem, a começar pela Estátua Eduardo Mondlane, localizada na avenida com o nome do arquitecto da paz e unidade nacional.“Não deve estar assim a estátua de Eduardo Mondlane. Eduardo Mondlane é uma referência nacional e internacional. Depois do que ouvimos e vimos, vamos prestar maior atenção e, nos próximos dias, a estátua vai apresentar uma outra imagem, e por favor, onde encontrarem situações semelhantes, reportem-nos, por favor!”As respostas para a resolução destes problemas de saúde pública, saneamento e comércio foram dadas, esta terça-feira, por Razaque Manhique, no decurso do lançamento da campanha de limpeza ao nível da Cidade de Maputo, que vai até 2024, numa iniciativa apoiada pela Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC).

Fonte:O País

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