Cerca de 1,2 milhões de pessoas, em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, correm risco de uma ofensiva militar israelita de grande envergadura. A revelação consta de um comunicado da ONU, que diz tratar-se de uma insistência que Israel tenciona há meses.Em função da ameaça, o exército israelita pediu hoje aos habitantes de Rafah, para se deslocarem para “zonas humanitárias”.“O exército está a encorajar os residentes da parte oriental de Rafah a deslocarem-se para as zonas humanitárias alargadas”, declarou, em comunicado.O exército israelita garantiu que a operação de retirada dos habitantes da parte oriental da cidade de Rafah, era temporária e “de âmbito limitado”.“Iniciámos uma operação de escala limitada para retirar temporariamente as pessoas que vivem na parte oriental de Rafah”, disse um porta-voz do exército numa conferência de imprensa, repetindo: “Esta é uma operação de escala limitada”.Questionado sobre o número de pessoas afectadas, o porta-voz disse que “a estimativa é de cerca de 100 mil pessoas (…) por enquanto”.No mesmo documento, consta que o exército indicou que os apelos à deslocação temporária para a zona humanitária são transmitidos através de folhetos, SMS, chamadas telefónicas e mensagens em árabe nos meios de comunicação social locais.Segundo a agência de notícias France-Presse, um residente de Rafah confirmou que o aviso que chega às pessoas, para além de mensagens de voz e de texto, indica-se também o local para onde devem se deslocar através um mapa.
Fonte:O País