A 11ª edição do Festival AZGO apresenta um programa de acampamento, feira de negócios e pretende influenciar a democratização do acesso à cultura. Também por isso, este ano o evento vai sair do centro da cidade de Maputo para se realizar no Município de Marracuene, no bairro Kumbeza, entre os dias 24 e 25 de Maio.A 11ª edição do AZGO, que inaugura um novo ciclo na história do festival, terá lugar no recém-criado Centro Cultural e Multidisciplinar de Kumbeza.“Volvidos dez anos de uma intensa jornada de produção, gestão e consolidação de uma marca que orgulha Moçambique, a direcção lança-se a um desafio que vai redefinir as lógicas e métodos de funcionamento do festival ao longo dos próximos bons anos. A realização do AZGO num novo espaço é mais do que uma simples mudança de espaço. É o nosso posicionamento sobre a necessidade de tornar a marca mais independente, com uma estrutura própria que garanta continuidade a longo prazo”, lê-se na nota de imprensa sobre o evento.A nova etapa do AZGO constitui, para a direcção do festival, uma oportunidade para o público fiel do evento viver novas experiências e descobrir o desconhecido. “Neste capítulo, temos a plena certeza que será uma história digna de se contar a novas e futuras gerações”, acrescenta a directora do festival, Júlia Novela: “Pretende-se igualmente que o AZGO contribua para a democratização do acesso à cultura e formação de novas audiências. E este é um dos valores que ainda vive no espírito do AZGO, um festival para todos segmentos da sociedade e que procura democratizar o direito à cultura plasmado na Carta Universal dos Direitos Humanos”, refere Júlia Novela.A partir da 11ª edição, o AZGO pretende se tornar numa plataforma de educação e transformação positiva das comunidades. Esta intenção será materializada através de um conjunto de acções e estratégias a serem desenvolvidas pelo Centro Cultural e Multidisciplinar de Cumbeza. “A partir desta edição, pretendemos redobrar a nossa atenção aos mais jovens e à classe trabalhadora residente nos bairros suburbanos de Maputo, Marracuene e Matola para que tenham acesso a programação cultural de qualidade”.Primeiro lote de artistas A presente edição do AZGO apresenta um programa de concertos para todos os gostos e preferências, dos mais populares aos alternativos e de Moçambique ao mundo. O Centro Cultural e Multidisciplinar de Cumbeza vai receber as sensacionais estrelas da música jovem: Humberto & Twenty Fingers, a diva do zouk Monique Seka (Costa do Marfim), os continuadores de um legado Nelson e Tânia Chongo, os urbanos GranMah, os rei do amapiano De Mthuda (África do Sul), o guardião da memória colectiva Wazimbo (Moçambique), os africaníssimos Bholodja (eswatini) e Cheny wa Gune (Moçambique), o calor e vibração dos DJ’s Dilson e DJ V (Moçambique), entre outros convidados a serem anunciados nos próximos dias.A 11ª edição é dedicada à Mãe África, num ano em que o AZGO mantém o orgulho de ser um festival africano, e, por isso, o lema será, uma vez mais, “Afrofuturismo”. E o segundo dia da 11ª do AZGO coincide com o 25 de Maio, Dia de África. “A nossa identidade visual, assinada pelo virtuoso artista visual Hugo Mendes, mais conhecido por PsiconautaH, celebra esse sentido de africanidade, com traços e influências que oferecem uma abordagem leal às origens, trazendo propostas e profecias sobre o futuro do continente”, diz Júlia Novela.Pela primeira vez o AZGO terá um espaço para acampamento a ser instalado no Centro Cultural e Multidisciplinar de Cumbeza. Denominado AZGO Camping, o espaço vai proporcionar uma experiência mais intensa aos festivaleiros que durante dois dias poderão viver mais de perto toda a magia do festival.Uma Feira de Negócios será criada no recinto, para criar intercâmbio e gerar mercado para projectos, profissionais e empresas do sector criativo. “A nossa feira de gastronomia vai continuar imperdível, e promete ser rica em sabores de todos os lados, sobretudo de Moçambique”, garante a organização.
Fonte:O País