Revista Tempo

Banco Mundial e consórcio regional impulsionam iniciativas de segurança hídrica no Nordeste do Brasil

Menino ajuda família a trabalhar a terra no nordeste do Brasil

O Banco Mundial, em parceria com o Consórcio Nordeste, entidade que reúne os nove estados daquela região do Brasil, quer construir uma agenda robusta para lidar com os desafios de segurança hídrica.

A especialista sênior do Banco Mundial em Gestão de Recursos Hídricos, Paula Freitas, relatou como a iniciativa terá impacto.

Aproveitar a economia de escala

“Essa parceria tem como objetivo apoiar na mobilização e organização de uma série de eventos que possibilitem aos estados do Nordeste a troca de experiências e conhecimentos, além de refletir sobre as boas práticas e inovações nacionais e internacionais. Possibilitará também discutir desafios comuns regionais, identificar uma agenda integrada de ações que podem dar subsídio a um programa de segurança hídrica que permita aproveitar a economia de escala e fortalecer a integração interestadual”, 

O Brasil abriga 12% de toda água doce do mundo. Porém, sua distribuição não é homogênea pelo território e não atende plenamente as necessidades demográficas de cada estado. 

Os impactos econômicos e sociais dessa realidade, em especial no que diz respeito ao acesso à água no Nordeste, uma região que sofre com a seca, são expressivos. Paula Freitas ressaltou haver desafios e oportunidades.

“Muitos estados da região enfrentam problemas semelhantes de segurança hídrica e dependem cada vez mais de recursos compartilhados entre si que precisam ser coordenados de uma forma integrada.” 

Trabalhadores rurais no estado da Bahia.
Banco Mundial/Scott Wallace
Trabalhadores rurais no estado da Bahia.

Boa gestão da água disponível

Na sua maior parte, a região Nordeste conta com um regime de chuvas concentrado em quatro meses ao longo do ano. Desse modo, nos períodos de escassez de chuvas, uma grande área, que engloba principalmente as regiões interioranas dos estados nordestinos, enfrenta longos meses de seca. A maior parte da região está no Semiárido e requer preparação permanente, boa gestão da água disponível e investimentos constantes.

O primeiro da série de eventos mencionada por Paula Freitas foi realizado no final de março, em João Pessoa, capital do estado da Paraíba, contando com a participação do governador João Azevedo. Também tomaram parte no debate secretários de estado responsáveis pela gestão de recursos hídricos e o desenvolvimento de infraestrutura hídrica, e ainda gestores de agências de recursos hídricos estaduais. 

Compareceram no evento representantes de órgãos federais como a Secretaria Nacional de Segurança Hídrica do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba, Codevasf, Departamento Nacional de Obras Contra as Secas, Dnocs, Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, ANA, e Casa Civil.

Fonte: ONU

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