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Evidências do Amor: aquele arroz com feijão bem feito

Evidências do Amor: aquele arroz com feijão bem feito

Evidências do Amor, é a mais nova comédia romântica nacional que chega preparadíssima para entrar na já recheada prateleira dessa categoria. O filme conta com comediantes de peso no elenco como a dupla do Porta dos Fundos: Fábio Porchat e Evelyn Castro e além de resgatar a presença de Sandy Leah nas telonas, algo que já não acontecia a 10 anos, sua última participação foi no longa Quando Eu Era Vivo, dirigido por Marco Dutra em 2014.

O longa-metragem inspirado por Evidências, o grande clássico da música brasileira composto por José Augusto e que ficou famosa na versão da dupla sertaneja Chitãozinho e Xororó, foi dirigido e roteirizado por Pedro Antonio Paes, que já havia se destacado em sua carreira por trabalhos como Tô Ryca! (2016), Altas Expectativas (2017) e Um Tio Quase Perfeito 2 (2021).

Vem conferir o que a gente achou!

Evidências do Amor: aquele arroz com feijão bem feito

Sobre o enredo

O filme é inspirado e guiado pelo clássico Evidências, que acaba se tornando a música do casal protagonista do filme. Marco Antônio (Fábio Porchat) e Laura (Sandy Leah) se apaixonam enquanto cantam essa música juntos no Karaokê, no maior estilo musical da Disney.

Os dois se envolvem por um bom tempo e quando estavam perto de se casar, Laura desiste e termina com Marco Antônio. Mas um ano depois do término, Marco Antônio passa por um tipo de maldição, toda vez que ele escuta Evidências ele volta às lembranças do passado, em sua grande maioria memórias de discussões com a sua ex.

E então Marco Antônio entra em uma jornada para conseguir acabar com essa maldição e seguir em frente, determinado em esquecer seu relacionamento com Laura.

Sobre o roteiro

O longa se apoia em uma fórmula pronta, afinal uma comédia romântica com uma maldição inusitada que faz com que um casal passe a ter que lidar com situações que fazem eles se aproximarem… Parece que eu já vi esse filme antes, não? Sim, é inevitável não conectar esse filme com o já clássico Se Eu Fosse Você, com Tony Ramos e Glória Pires.

Nesse caso, Marco Antônio descobre que provavelmente a música mais tocada no nosso país, é justamente a música que o leva a essa viagem dentro de suas memórias (sejamos sinceros, só isso já bastava pra entregar algo cômico), no meio de inúmeras versões e estilos da mesma música, ele encontra inúmeras versões de um mesmo Marco Antônio, que sempre se encontra revivendo lembranças dolorosas do passado. Com a ajuda de Júlia (Evelyn Castro) ele tenta de tudo para quebrar essa maldição de qualquer jeito e conseguir fazer tudo voltar a ser como era antes.

O filme apesar de cômico, tem seu espaço para o romance, e também faz refletir sobre como subconscientemente escolhemos enviesar os nossos pensamentos e opiniões para o nosso gosto próprio, modificando até mesmo a forma com que lembramos de certos momentos. E aos que gostam, o final do filme deixa a sensação de uma possível continuação.

A trilha sonora

Pois é, achou que eu iria falar de um filme desses, sem nem falar sobre a trilha? Pois bem, é completamente plausível, que por uma música ser tema central do desenrolar da história, as pessoas pensem que vão sair do cinema precisando de um detox musical. Mas a verdade é que o filme acaba sendo uma bela homenagem a um grande clássico. A trilha entrega outros clássicos da música brasileira, além de formas muito criativas de apresentar uma mesma música, passando por ritmos como o forró, rock, sertanejo universitário ou até mesmo sendo interpretada em uma apresentação performática, o que deixa todo o processo de ouvir a mesma música inúmeras vezes, bem menos maçante do que se espera.

 
 

O elenco

Mas é como dizem, o feijão com arroz, quando bem feito é sempre bem aceito! E o acerto nesse filme definitivamente foi a dupla Porchat e Evelyn Castro, que dão show de atuação. A dinâmica, a contracena, o timing de comédia entre esses dois é insubstituível. Para ser sincero a atuação da Sandy fica bastante abaixo, se comparado com a dupla, principalmente na primeira metade do filme, onde ela parecia bem mais distante da personagem e soltava suas falas de forma meio robótica e ensaiada. Da metade para a frente ela parecia bem mais solta e conectada com a história e esse distanciamento diminuiu, mas vamos combinar, é difícil contracenar com 2 atores de comédia que atuam a tantos anos juntos.

 

O óbvio que dá certo

O roteiro não é nada mirabolante e revolucionário, até porque nada do tipo é esperado de um filme que tem o intuito de ser aquela comédia mais família, pra sentar no sofá num sábado a tarde e curtir com seus pais, tios, filhos e sobrinhos. Mas, pô! Ele bem que podia fugir um pouco de certos clichês tão óbvios e saídas tão simples.Por fim, o saldo é positivo, dentre escolhas simples e construções de piadas bem executadas, o filme diverte e entrega o seu propósito, uma comédia com uma pitadinha de romance que faz rir, e olha, ouso dizer que pode fazer alguns até chorar!

Fonte: Pippoca

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