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Ghostbusters: Apocalipse de Gelo deixa um clima morno para a franquia

A convite da Sony Pictures Brasil, conferimos em primeira mão o filme Ghostbusters: Apocalipse de Gelo, sequência de uma das franquias mais amadas do cinema. O filme estreia no Brasil no dia 11 de abril. Confira a seguir nossas impressões da sequência.

Prepare a mochila de prótons

Três anos após os acontecimentos do anterior Ghostbusters: Mais Além, a família Spengler continua o legado de Egon e da equipe clássica como os novos Caça Fantasmas de Nova York. Porém, o prefeito Walter Peck está restringindo cada vez mais a ação deles por conta da destruição e da confusão que estão causando na cidade.

Ghostbusters: Apocalipse de Gelo deixa um clima morno para a franquia

Além disso, Phoebe, neta de Egon, enfrenta a complicada fase da adolescência, buscando seu lugar no mundo, lidando com os seus sentimentos e a sua relação com a família. A garota é impedida pelo prefeito de participar das missões em família pois é menor de idade, o que intensifica ainda mais as coisas para ela. 

Enquanto isso, um novo personagem, Nadeem encontra um artefato antigo de sua avó enquanto procurava por itens valiosos. O artefato acaba sendo aberto e liberando uma entidade ancestral disposta a causar uma nova Era Glacial em todo o planeta. Agora, cabe à equipe de Caça-Fantasmas, tanto os novos quanto os clássicos, unir forças para impedir os planos nefastos desse ser maligno.

Quem você vai chamar?

O filme se destaca pelo timing perfeito de comédia, especialmente na atuação de Paul Rudd. A dinâmica com Carrie Coon, onde ele tenta se tornar uma figura paterna para a família é envolvente e contribui para o charme do filme.

A jornada de Phoebe, questionando sua própria natureza e explorando como seria viver como um fantasma, traz uma camada de questionamento nova à franquia. A personagem é o centro desta nova aventura e a atriz Mckenna Grace consegue lidar muito bem com os  pontos dramáticos que a história pede.

Além disso, a ameaça do vilão Garraka é até bem executada, sendo construída como uma figura assustadora e ameaçadora. Embora o filme leve um tempo para se desenvolver completamente, ele consegue manter o ritmo e a atenção do público.

O novo Ghostbusters também brinca com algumas referências nostálgicas dos filmes anteriores. O  icônico fantasma Geleia faz uma aparição divertida, e seu visual, uma mistura de CGI com animatrônico, se encaixa muito bem na estética da franquia.

A atualização da franquia para os tempos atuais, fica com elementos como um laboratório de pesquisas financiado por Winston, o membro antigo da equipe agora filantropo, que adiciona um de frescor novo à história.

Tem algo estranho na vizinhança

A construção do vilão Garraka, embora bem feita, tem uma resolução simples demais considerando a magnitude da ameaça que ele representa. Quando o clímax finalmente se desenrola, a finalização acaba ficando apressada e anticlimática.

Apesar de todos os personagens terem seu tempo de tela, Trevor, irmão de Phoebe, que teve destaque no filme anterior, aqui parece mais apagado. Seu arco consiste nele agindo como um jovem inexperiente tentando se passar por um adulto crescido e não acrescenta nada de desenvolvimento para ele.

Com a franquia completando 40 anos, era inevitável os momentos nostálgicos e as referências. Embora sejam bem-vindos, esses elementos já estão atrapalhando a franquia de evoluir por conta própria. Se apegar ao passado impede que a saga avance como prometia o título anterior: ‘Mais Além’.

Não tenha medo de nenhum fantasma!

Ghostbusters: Apocalipse de Gelo pode não ser uma sequência marcante,  mas ainda assim oferece um entretenimento sólido e charmoso, característico da franquia. O filme mantém um ritmo envolvente, mantendo o espectador entretido do início ao fim, sem se tornar cansativo.

Uma das principais qualidades do filme é seu apelo para um público mais jovem, trazendo de volta o espírito da franquia para uma nova geração. Os novos personagens introduzidos no soft reboot são cativantes e têm um potencial promissor para futuras aventuras.

Embora tenha seus pontos fracos, ele é, no geral, um filme que entrega o que é esperado da franquia. Para os fãs mais antigos e os novos espectadores, ele certamente proporcionará uma experiência divertida e nostálgica ao mesmo tempo.

Fonte: Pippoca

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