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Kung Fu Panda 4: divertido, mas é uma pegada fraca para a franquia

A convite da Universal Pictures Brasil conferimos em primeira mão o mais novo longa da DreamWorks, Kung Fu Panda 4. Com estreia marcada para o dia 21 de março, a animação promete mais uma aventura épica e cheia de ação, trazendo de volta o panda mais amado do cinema! Confira agora as nossas impressões sobre o filme.

Após três aventuras épicas, Po encara a sua maior e mais assustadora missão até então: escolher o novo Dragão Guerreiro e assumir o papel de Líder Espiritual do Vale da Paz. Essa responsabilidade o assusta profundamente, pois ele sente que ainda não está à altura de dar o próximo passo.

Para complicar ainda mais, nosso amado panda se vê sem a ajuda dos Cinco Furiosos, e precisará enfrentar a malévola Camaleoa, uma guerreira feiticeira que está determinada a conquistar todo o poder do reino espiritual para si e se tornar uma soberana imperatriz

Assim, Po embarca em uma missão repleta de desafios ao lado de Zhen, uma ladra e astuta raposa que acaba cruzando seu caminho. O panda terá que superar seus medos, aprender a liderar e enfrentar os perigos que os aguardam até o Palácio da Camaleoa.

O filme mantém o formato dos anteriores em termos de estrutura. A equipe criativa soube utilizar o melhor de um roteiro simples, inserindo sacadas inteligentes na história. Um exemplo é uma cena em uma taverna prestes a desabar, que proporciona momentos hilários e que se estendem ao longo do filme.

As cenas de ação continuam incrivelmente bem coreografadas e empolgantes, destaque para uma sequência fuga de Po dos touros policiais de uma metrópole agitada, e uma criativa batalha contra uma arraia, nas cenas iniciais do filme.

A dublagem brasileira é um ponto alto do filme, Lúcio Mauro Filho retorna dando voz ao Po, e Daniele Suzuki estreia como a raposa Zhen. Já Taís Araújo traz uma interpretação que pode dividir opiniões por destoar um pouco dos outros dubladores. Pessoalmente achei que isso adicionou uma camada de personalidade a mais para a vilã.

Além disso, a trilha sonora de Hans Zimmer aparece de forma brilhante durante todo o filme, ajudando a compor todo o ambiente e os cenários estonteantes que nos é apresentado. Um destaque especial para uma versão de “…Baby One More Time” interpretada por Jack Black nos primeiros créditos finais. Essa cena certamente trará um quentinho no coração dos fãs da franquia.

O filme mantém a atmosfera familiar dos três primeiros, mas peca bastante pela falta de ousadia. Apesar dos visuais belos, eles parecem mais simples se comparados aos filmes anteriores do estúdio, como o espetacular “Gato de Botas 2” e o anterior “Kung Fu Panda 3”.

A vilã Camaleoa não recebe um nível de desenvolvimento esperado, sendo retratada principalmente como alguém em busca de poder, sem muita profundidade em suas motivações. Isso fica notável na cena da luta final, que carece de empolgação, impacto e originalidade.

No terceiro ato do filme, ocorrem eventos que chegam a beirar o mau gosto e se desalinham com a essência de personagens que já estavam estabelecidos antes. A resolução da história se arrasta e cai em clichês, ao contrário dos outros filmes que conseguiram contornar melhor esse caminho.

Kung Fu Panda 4 é uma adição simpática, mas desnecessária. É perceptível que o orçamento mais baixo de US$ 85 milhões limitou muito a sua ambição. O filme é menor em todos os sentidos, tanto nas ideias quanto no escopo.

A falta de ousadia visual, uma característica chave da franquia, é evidente, assim como a ausência dos Cinco Furiosos, o que pode ser um ponto negativo para os fãs de longa data. No entanto, o filme ainda é um ótimo entretenimento e vai garantir boas cenas de ação  doses generosas de risadas para a família e para as crianças.

Fonte: Pippoca

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